3 de mar. de 2011

É morrendo que se nasce para a vida eterna!

                                                

Em minha vida tudo foi muito intenso, enquanto fazia uma tarefa já tinha outra em mente. Pintava tela enquanto comia, estudava um texto enquanto ia ao sanitário, enquanto ensaiava passava na máquina as minhas roupas. Eu não podia perder tempo pois tinha muito a conquistar. Tudo que conquistei e que ainda vou conquistar devo quase que unicamente a minha avó Bárbara,que conseguiu transformar uma gatinha fraca em um leão furioso e pronto a lutar. Sempre que eu dizia eu não posso ela me dizia "SE SEU PAI É O DONO DO MUNDO, VOCÊ NÃO TEM LIMITAÇÕES, VOCÊ TUDO PODE, BASTA QUERER". E, ASSIM ELA ME TRANSFORMOU EM UMA FORTALEZA. Estávamos no final de 1959, ela já não era a mesma ,assim como o sol vai se pondo devagarinho,ela também foi se despedindo desta vida bem devagarinho enquanto sua luz ia se apagando. Os meus quinze anos foi o último que eu a tive ao lado neste plano. O Natal por ser meu aniversário, era a data mais importante para ela. Quando abrimos a cesta seu entusiasmo foi menor que todos os ouros anos.Seus cem anos estavam  pesando. Meu amor morria um pouquinho por dia, até que logo após o Natal , ela estava deitada havia se despedido de sua filha Esperança, minha mãe e minha irmã foram acompanhar a visita até o portão e eu fiquei na sala. Ouvi um barulho no seu  quarto, corri e quando cheguei na porta, minha avó estava sentada na cama, mas de uma maneira esquisita. Fui até ela mas já não me respondeu. Ela havia entrado em COMA. O dia 7/01/1960 se anunciou com a passagem definitiva da minha avó para a vida eterna, pois segundo São Francisco "È MORRENDO QUE NASCEMOS PARA A VIDA ETERNA'

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