leite, ia sacolejando mais que liquidificador, parando em cada ponto e recolhendo os latões de leite; passava por barro,saia de lado, levantava poeirão quando não chovia.Descia em Fartura, trocava o sapato
ia à pé, cortando caminho até Taguai, pegava o cavalo montava,descia a serra até a escola. O mais interessante e curioso, o cavalo era sempre empatador, só subia ou só descia a serra, portanto se eu
descesse a serra montada, na subida subiria puxando o cavalo. Era uma BARRA. assim como as
outras professoras , nos aguentávamos por que acreditávamos na nossa profissão e nossa contribuição para a melhoria do Estado. Chegando em Taguaí, devolvia o animal, e ia até o Posto
de Gasolina, onde o proprietário, amigo da família, conseguia uma carona até a entrada de Avaré.
Para conseguir a carona, o Carlos, como filho de itáliano, muito parecido comigo, costumava dizer
que eu era irmã dele, e assim sempre fui tratada com muito respeito. Chegando no pontilhão perto da linha, em Avaré eu descia e ia correndo até a Estação Ferrea onde tomaria o trem até minha cidade. Subia a pé até minha casa. Cuidava da minha mãe, fazia o seviço que ela não tinha condições de fazer.Isso só era possível, porque preparava a aula enquanto espera carona. No outro dia seria tudo igual. Esse é um dos motivos que eu acredito que os atuais governantes, quando nos deixam sem aumento por mais de doze anos não recolhecem a nossa contribuição para a EDUCAÇÃO. SERÁ QUE NOSSO SACRIFÍCIO FOI EM VÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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