31 de ago. de 2012

A sala de antigamente

A sala de antigamente era o lugar onde as pessoas se reuniam para conversar.Nessa hora as mulheres enquanto conversavam iam bordando.
Era na sala que ficava a máquina de costura,que as pessoas mais abastadas possuíam.
As mulheres  costuravam também na hora da conversa.As vovós teciam fazendo trico ou crochê.
Em um lado da sala,que era quase muito grande  ficavam os sofás,de madeira,feito sobre encomenda,quase sempre com as madeiras do próprio sítio.
Eles eram forrados por lindas almofadas,feitas pela dona da casa. Do outro lado fica a mesa e as cadeiras e o armário que quase sempre tinha uma cristaleira .
Todos os móveis eram  feitos a mão ,talhados,lixados e depois passado um material que era importado,difícil de se conseguir.
Os móveis eram decorados com lindas toalhas bordadas ou de crochê.
O piso das salas eram de tábua encerados com cera de abelha e querosene.Brilhava mais que um espelho!As salas eram verdadeiros santuários onde acontecia tudo que era importante para a família,desde festas até velórios!!!!!!!!!!!

30 de ago. de 2012

Tristezas

Antes de ontem enquanto eu preparava a postagem de ontem ,por volta de 23h,a Hanna se aproximou,colocou as patinhas por sobre minha perna e olhou para mim.Era um olhar de pedido de socorro!
Parei de escrever e comecei a fazer massagem em sua barriga,ela se aconchegou,fechou os olhos e deitou.
Pedi a meu marido que a levasse para a cama,sentei ao lado de sua cama e,eis que ela se pôs a vomitar.
Só consegui controlar o vômito por volta das 3 h,quando ela conseguiu dormir,e eu também.
Logo que o dia amanheceu chamei a assistência veterinária.Ela foi levada para a clinica para tomar soro.
Fiquei monitorando por telefone o seu tratamento.
Estava prevista sua volta para hoje,mas na hora da alta ela teve uma outra complicação grave e teve que permanecer internada,trazendo muita tristeza para nossa casa.
A Ernestina procura por ela a todo instante,ontem a noite pediu para sair,correu chamar a Hanna na sua cama,mas quando a viu vazia,ficou chateada,voltou para sua cama e nem saiu.
O Cekito olha a cama vazia e fixa o olhar em mim ,como que a perguntar pela Hanna.
Esta noite será decisiva para ela e nós torcemos que ocorra o melhor para sua sofrida existência.
Uma coisa é certa ela estará sempre viva em nossos corações,e se ela puder voltar nos dará muita alegrias e poderei aprender um pouco mais com essa mestre do amor incondicional!!!!!!!!!1

28 de ago. de 2012

Coisas do passado-cozinha

Hoje ao entrar em uma cozinha,por mais humilde que ela seja,você verá um fogão a gás, uma geladeira,uma pia com gabinete ou não, uma batedeira,um liquidificador e não raramente um microondas.

Antigamente ao entrar em uma cozinha víamos um belo e fumegante fogão de lenha,quase sempre com uma vasilha de água para passar imediatamente um café para o visitante.
Era só alguem chegar, para a dona da casa pegar os grãos de café,usar com orgulho seu moedor,pegar seu coador e rapidamente o cheiro de café perfumava todo o ambiente.
Ela pegava as xícaras na prateleira,os biscoitinhos
na lata e servia.
Naquela época aquecidos pelo braseiro do fogão a lenha, o amor ,a amizade permanecia mais no ar.

Havia ainda uma prateleira rústica toda forrada com bicos de croché,onde se guardava os untesilios da cozinha e onde se podia ver o velho coador de café feito com flanela no  suporte de madeira.

Em algum lugar podia -se ver a máquina de moer carne e o velho torrador de café.
As panelas brilhando ficavam penduradas no seu suporte.Por sobre o fogão de lenha ficava pendurada as linguiças ,os toucinhos e as carnes para defumar.
Exibia-se com orgulho a máquina de moer carne,quase sempre fixada em uma bancada,onde também se via o moedor de café.
Em algum lugar ficava o ferro de passar roupas e se a família fosse abastada deveria ter um batedor de bolo.
Será que as mulheres de hoje conseguiriam viver felizes com tão pouco,como as da época viviam?????????







27 de ago. de 2012

A ajuda

Quando mudamos para a rua Stélio Machado Loureiro, minha família vinha passando por uma fase terrível.
Papai havia vendido duas fazendas e colocado o dinheiro em um banco,mas este faliu e ficamos a "ver navios".
Papai vendeu o bar restaurante e mudamos para a casa da vovó Bárbara.Usando seus conhecimentos de madeira,papai foi trabalhar em uma serraria da família  Gerdulo.
Bem próximo da minha casa havia uma Delegacia de Polícia e eu logo fiz amizade com um dos soldados,o Antonio Fiorini,um rapaz que logo se apaixonou pela comida da minha mãe.
Eu passei a levar marmita para ele todos os dias,mas logo todos estavam comendo a  comida da minha mãe,passaram até a comprar para os presos.
Todos gostavam muito de mim e o Delegado vendo meu amor pelos os estudos,passou a trazer de sua casa enciclopédias,livros e revistas para que eu lesse ou fizesse pesquisas.
Trago registrada na minha mente o rosto bonito,risonho,mas muito enérgico daquele delegado,que muito contribuiu  para aumentar minha cultura,mas o AVC varreu seu nome de minha mente.
Quando o Delegado trouxe sua esposa para me conhecer,mamãe fez questão de preparar um almoço especial para ela,servindo o que ela mais gostava frango assado,recheado de farofa.Foi uma festa para todos que muito nos ajudaram a passar pelas dificuldades.

26 de ago. de 2012

Apolo XI

Meu filho mais velho,o Ulisses,aos 11 meses pesava 22 kg.Nascido grande,com ossos enormes,cresceu e engordou muito,apesar de ter uma ótima alimentação.Nessa época ele teve convução,devido ao peso.
Passou então a ser atendido pelo dr Paulinho Novais,sobrinho do Dr Paulo Novais que fora o médico da família Porto.
O dia 22/07/1969.eu não fui para a escola José Leite Pinheiro onde era substituta efetiva,pois teria que levar meu filho para o médico,onde fazia acompanhamento.
Como o consultório do médico ficava no centro de Avaré,após a consulta e o Ulisses ter brincado bastante com os filhos do médico que tinham  idades próximas dele(hoje fazem parte do Grupo Trovadores Urbanos), decidi verificar preços nas lojas da área central,especificamente na Rua Pernambuco.
Tudo estava diferente nessa rua nesse dia.As lojas haviam colocado televisão para que os fregueses pudessem ver a chegada do homem à lua e no instante em que Neil Armstrong pisou na lua todos paravam para ver.
Muitos avareenses não acreditavam que era um fato real,com convicção afirmavam que era armação.
Eu havia acompanhado toda a história da Apolo XI,na minha TV Artel .
Para mim foi um momento único ver o  homem pela primeira vez pisar em solo lunar.
O homem havia dado um pequeno passo,mas a humanidade tinha dado um passo largo para o futuro!!!!!!!!!!!

24 de ago. de 2012

Recordações da adolescência

Aos  nove anos eu já tinha minha estatura atual e corpo de mulher com curvas definidas.Eu já estava  tecnicamente na adolescência.
Como tinha belas medidas 57cm de cintura,98 cm de quadril e busto,pude logo abusar do godê.
Os vestido tinham a cintura bem definida,as vezes com largos cintos de elásticos preto.
Para armar as amplas saias usava-se uma anágua .Essa anágua era quase sempre feita de tricoline e bem engomada .
Minha mãe ou minha avó engomavam com polvilho.O polvilho era dissolvido na água em que se molhava a anágua e em seguida ,usando o ferro de brasas mamãe passava até secar.Ficava duro como pau.
Quando eu saia devidamente vestida e penteada ficava um luxo só,mas o que tinha de beleza tinha de desconforto.Eu mal conseguia sentar.
Mamãe também contribuiu muito na minha fase hippe,período em que gostava de vestir roupas de saco tingidas,batas, saias,blusas e até bolsas.Mamãe fazia verdadeiras obras de arte que eram copiadas pela maioria das jovens da época.
Mais tarde aderi aos tubinhos.Tive lindos tubinhos, com os quais sempre me diverti muito.
Eu, como costurava as minhas próprias roupas e contando com o bom gosto de meu pai e os conhecimentos de minha mãe sempre andei muito bem arrumada e na "crista da onda"!!!!!!!!!!!!

23 de ago. de 2012

O bolo de antigamente


Hoje,ajudando uma amiga a organizar um aniversário,lembrei-me de como tudo diferente na minha infância.
Para começar o forno era de barro,as assadeiras eram feitas sob encomenda  por um ferreiro.
O primeiro bolo que vi minha mãe fazer era um pão de ló.Era uma grande festa se fazer bolo nessa época.
As mulheres se reuniam em volta de um grande tacho e juntas iam batendo o pão de ló até estar no ponto.
Meu pai cuidava do forno, e quando a massa estava pronta ajudava a por nas assadeiras e levar ao forno.
Em uma só fornada se fazia um bolo grande de casamento.
O recheio era quase sempre o mesmo:doce de ameixa seca no meio e envolta doce de abacaxi.
Minha mãe fazia lindos bolos de dois ou três andares,cobertos com um suspiro especial que hoje chamamos de marchimello.
Na época era moda servir bolo cortado em quadrados e passados na groselha e no coco ralado,era o máximo!
Minha mãe tirava da revista "O Cruzeiro" os modelos de bolo!
Certa feita minha irmã leu sobre um tal bolo de guaraná que estava em moda e,mais que depressa minha mãe começou a faze-lo.
Batido por várias mãos o bolo levava guarana na massa ao invés de leite ou água.Era umedecido com leite de coco e guaraná,coberto com suspiro e coco ralado!Era o máximo em novidade!
Hoje cada vez que faço um bolo,batido por uma batedeira elétrica planetária,asso em assadeiras de silicone que não precisa untar,num forno a gás com regulagem de temperatura, fico a imaginar o que mamãe faria com tanta modernidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

22 de ago. de 2012

Sem freios é terrível

Após a minha aposentadoria passei a me dedicar ao artesanato.junto com outros artesãos de Valinhos  fazíamos feira por todos os lugares.
Fomos convidados a fazer feira na cidade de Cabreúva.
Cabreúva ,uma cidade linda com seu relevo de serra,cercada pelo verde  ,logo me conquistou,.
Fazíamos feira uma vez por mês na pracinha do coreto.os que levaria
A feira começava após as 13 horas,mas precisava sair de casa bem mais cedo .pois tinha que montar a barraca antes do começo da feira.
Dia de feira era sempre o mesmo ritual:colocar no carro a barraca e todos os produtos que venderia.
Certo dia uma amiga ,que fazia feira conosco teve um problema em seu carro e precisou que eu colocasse no meu carro sua barraca pois não coube no carro que a  levaria.
Meu passat saiu lotado de casa.Eu ia pela Anhanguera até o trevo de Jundiaí,quando então pegava outra estrada.
Quando peguei na descida da serra e tentei frear ,nada consegui,meu carro estava sem freios.
Como aprendi muito bem a dominar as marchas(que hoje nem mais é preciso)consegui chegar até a feira sem problemas.
Nada contei as amigas,só procurei voltar mais cedo,alegando cansaço.
Toda a viagem de volta foi um terror.eu não podia  desenvolver velocidade pois segurar o carro em alta velocidade, nas marchas,em uma serra seria quase impossível
Eu só me acalmei quando cheguei em casa!!!!!!!!!!!

21 de ago. de 2012

As lembranças continuam.....

É interessante como uma lembrança parece que puxa outra.Elas parecem que estão adormecidas,mas basta uma aparecer para outras voltarem.
Minha época de ginásio foi muito rica não só de aprendizados com também de situações que me marcariam para toda a vida.
Meu professor de geografia chamá-se Milton,era um professor apaixonado pela sua matéria.Lembro-me que certa feita um aluno querendo mexer com ele perguntou:"Tem vida nos outros planetas?
Ele calmamente respondeu com outra pergunta:"Será que em um outro planeta,desses que estudamos, em uma sala de aula não há um aluno querendo caçoar do professor perguntando se há vida na terra?
Nunca esqueci essa frase,realmente ela me marcou!
O professor de latim era sempre um padre ou um ex seminarista.Eles eram sérios,tímidos e nós, as meninas ,adorávamos  mexer com eles. 
Nossas brincadeiras era inocentes pois minha geração apesar de ter começado a luta pela liberação da mulher,éramos criadas por família estruturadas,onde o papel do pai e mãe era muito importante e onde não cabia lugar para a malícia.
O conteúdo do ginásio era extenso,com muitas matéria pois nessa época a cultura era essencial para se vencer na vida.
Só estudava quem realmente queria aprender,pois era muito difícil.
Os alunos que só queriam o diploma iam para as escolas particulares,onde se tirava diploma com facilidade.
Em minha época eramos todos iguais,brancos ,negros,amarelos,brasileiros ou não.Não teria necessidades de cotas,pois só estudava  aquele que quisesse aprender.
Hoje se obriga,mas ninguém aprende nada,vai a escola só para aprontar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

20 de ago. de 2012

Relembrando a época do ginásio

Bastou um em email de um  amigo para apertar o botão do retrocesso da minha mente,me levando a época do ginásio.
Sempre fui muito interessada em estudar,não por imposição de  meus pais mais sim por escolha própria.
Para mim aprender cada vez mais era uma  necessidade.Meu grande modelo foi meu pai,que sendo semi analfabeto prendeu muito, e com eu tinha condições de frequentar  uma escola, cobrava de mim mesmo um ótimo rendimento.
Sempre trouxe as tarefas em dia ,só faltava se estivesse doente.Estudava diariamente,pesquisando além do que o professor havia ensinado,resumindo eu era um CAXIAS (nome dado ao aluno aplicado ,na época)
Tive um colega que pensava como eu era o Josafá Crispim Leal.Eramos super aplicados.
Esses dias por email ele lembrou de um fato bem interessante.
Certo dia próximo a um feriado os alunos da nossa classe decidiram boicotar a aula de matemática.
Estávamos todos no pátio,se preparando para fugir,e ,eu louca para entrar na sala procurava uma brecha.
Eis que surge o Josafá pronto para entrar.Era isso que eu esperava, o segui e nesse dia em nossa classe só teve dois alunos.
Quando Dona Maria do Carmo entrou e viu só nós,decidiu dar uma prova.
Prova feita ,a correção foi imediata.Eu que na prova oficial tinha ido muito bem,conservei a média,mas o Josafá que tinha tirado nota baixa na prova oficial,pode melhor e muito sua média.
Se a intenção da professora era nos prejudicar,ela é que saiu mal!!!!!!!!!!!!!!

19 de ago. de 2012

O neto é como a avó

Chiquinho desde o primeiro momento de vida demostrou ser um cãozinho diferente.Chorava muito pouco e sempre que eu o pegava no colo se aninhava,olhando firme com um olhar doce e amoroso.
Com o passar dos dias foi ficando cada vez mais parecido com a vovó Mel.
Hoje ele tem quase um ano,mas nunca ouvi um só latido dele.Adora brincar e ser escovado.
O mais incrível é o amor que demostra por mim desde os primeiros dias de vida.Logo que começou a andar,com dificuldades,chegava até o portão que separa a lavanderia do quintal e por onde eu vou até eles.
Desde começou a andar,está sempre a me esperar no portão.Sabe exatamente a hora em que vou cuidar deles e limpar suas casinhas.
Enquanto a Mel era branca com a cabeça colorida,Chiquinho tem no corpo as cores da cabeça.
A pelagem é exatamente igual da vovó Mel,tem até os pelos frisados por sobre a orelha como a vó.
Fechando os olhos e passando as mãos por seus pelos tenho a nítida sensação que estou acariciando minha Mel.Seria a volta da Mel???????????????????????????

18 de ago. de 2012

O presente da Mel

Por longos 9 anos, a Mel viveu ao lado dos meus outros cães,sem nunca eu permitir que ela cruzasse.
Em 2007,não sei como ela conseguiu engravidar,talvez prevendo sua morte,quisesse me dar um último presente.
Eu disse presente ,pois foi exatamente 2 dias antes de meu aniversário que ela deu cria a um belo e fofinho filhote.
Dei a esse filhote o nome de Zé, ele era todo branco e peludo como a mãe.Infelizmente Mel nem teve leite para dar ao filho,mas Bela,minha cachorra negra como a noite e que tinha um problema na boca,pois fora agredida por um ouriço,assumiu a maternidade.
Bela se afeiçoou tanto ao Zé que costumava esconde-lo entre as bananeiras.
Mel só ficou conosco mais 6 meses,até que um dia eu a encontrei morta,sem nunca ter ficado doente.mas a essa altura ela deveria ter mais de 14 anos.
Zé em nada lembrava a doçura da mãe!Quando do meu acidente ele foi o primeiro a voltar após ser recolhido.
Ao mudar para Valinhos a saudade de Mel nunca me abandonou,sonhava em ter uma cachorra como ela.
O tempo passou e tive uma cachorra ,Maria Joaquina,que tinha alguma coisa que me levava até a Mel.
Decidi cruzá-la com o Zé na esperança de ter uma Melzinha.
Como que por milagre  no dia 2/09/2011, nasciam não uma, mas 5 Meladinhos!Todos pareciam com a avó.
Quatro deles eram brancos e peludos como Mel,mas um em especial ,que era peludo e cinsa como a mãe tinha a carinha da avó,era o Chiquinho!

17 de ago. de 2012

A história da Mel

Eu estava residindo em Cerqueira a  pouco mais de 3 meses e o meu amor pelos cães já era de conhecimento público.
Certa manhã chuvosa  fui procurada  por uma senhora que desesperadamente contou que uma vizinha sua, que havia se mudado a uma semana, havia deixado sua cachorra amarrada numa árvore no fundo do quintal e ela estava sem comer,molhada, mas eles a viram tremendo sem conseguir pegá-la.
Imediatamente a acompanhei.A casa era cercada por muro alto e subindo no muro pude ver o animal deitado numa poça d'água,pois havia chovido muito e o quintal estava todo encharcado.
Com ajuda dessa vizinha e uma escada eu cheguei até a cachorra,que apavorada,não esboçou nenhum reação.
Ela estava muito magra,desidratada,morrendo de fome.Foi embrulhada em um cobertor e levada para minha casa.
Chegando em casa eu a banhei,sequei e escovei seus longos pelos brancos.Ela comeu muito e dormiu agasalhada.
No outro dia pude ver seu estado de desnutrição,e a docilidade dessa enorme cachorra.
Alguns dias depois a senhora, que havia me ajudado a salvá-la, veio ver como ela estava,e contou sua triste sina.
A família a cruzava duas vezes por ano e vendia por um alto preço seus filhotes.Como ela estava velha e não serviria  mais como reprodutora,a deixaram para morrer.
Realmente a cachorra era de raça e muito bonita,mas não merecia esse final.
Por vários meses me dediquei a ela,a quem dei o nome de MEL,pela sua doçura.
Passado o tempo daquela cachorra assustada,faminta,doente e magrinha não restava nada,só a sua doçura no olhar,agir.Ela não latia nunca,mas se transformou em uma cachorra muito brincalhona!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

15 de ago. de 2012

Os bingos

Houve uma época em que quase todos os dias havia um bingo em uma casa.Eu adorava cantar o bingo!
em quase todos os bingos iam sempre as mesmas pessoas.Algumas estavam ficando até fanáticas.
Como eu, nessa época ia muito para o Paraguai,comecei a organizar bingos.
As pessoas sediam suas casas,convidavam as pessoas e ganhavam uma boa percentagem sobre a renda do bingo.As cartelas que concorriam a um premio extra era vendido antecipadamente pela pessoa que sedia a casa.
No geral meus bingos eram para ajudar alguém.Fiz até para ajudar instituições sociais.
As prendas eram por minha conta.Eu caprichava nelas.Sempre na última jogada gostava de por um som ou algo parecido.
Cada rodada eu gostava de premiar pelo menos 3 quadras.
Eu sempre levava além das prendas o lanche que seria servido:um sanduíche,bolo.refrescos etc.
Era uma enorme diversão.Várias vezes levei como lanche torradas e um festival de patês.
No começo como tudo que é novo,o bingo enchia de pessoas e todas jogavam muito,mas aos poucos foi diminuindo a frequência e eu vi que era hora de parar.
No seu apogeu um bingo chegou a dar mais de 5000,00,dinheiro da época
Foi uma fase muito gostosa da minha vida,apesar de toda a corrida que provocava!!!!!!!!!!!!!!!!!!

14 de ago. de 2012

A maria mole

Não sei porque hoje as lembranças dos meus 6 anos não conseguiram se afastar de mim .Veio a minha lembrança a figura de minha tia madrinha Mariquinha,esposa de meu tio Domingos que morava ,na época na Barra Grande,hoje um povoado de Avaré,onde há uma penitenciaria.
Eu morava no campo Redondo,onde havia nascido,bem próximo da Barra,dava para ir à pé.Minha irmã estudou aí.
Meus tios tinham um bar e minha tia-madrinha Mariquinha fazia o melhor sorvete que conheci em minha infância.Lembro dela batendo o sorvete de massa,com um enorme batedor a mão e colocando no freezer enorme,com paredes grossas.
Na época não havia caixas de isopor e cada vez que alguem ia até o bar eles colocavam uma caixa cheia de pó de serra ,e dentro dela ,bem acondicionados ,um monte de sorvete para mim.Tudo era colocado num saco e acomodado no cavalo .
Quando surgia na curva uma pessoa que eu sabia que tinha ido a Barra Grande eu corria encontrar,pois sabia que trazia sorvete.Pena que tinhamos que chupar rapidamente os sorvetes pois não havia geladeira.
Quando fomos para Curitiba,visitar minha tia Joaninha e Concília ,mamãe aprendeu com uma alemã a fazer uma maria mole usando claras, açúcar e substancia que fica dentro do osso da perna do gado.
O doce deu tão certo que ela passou a fazer para minha tia vender no bar!HÁ  QUE SAUDADES!!!!!!!!!!!

12 de ago. de 2012

Meu pai

Quem passasse na Avenida João Cardoso ,avenida acima do forum, encontraria sentado no banco um senhor de cabelos brancos,sorridente talhando brinquedos em pequenos pedaços de madeira,cercado por muitas crianças,ansiosas por pegar sua miniatura.
Esse senhor que amava as artes,a matemática,a mãe natureza era o meu pai!
Francisco do Porto nascido em 8/11/1910 não passou pela  vida,ele a viveu intensamente,deixando sua marca em tudo que fez!
A humildade era seu forte,tinha um só orgulho seu sobrenome.
Tendo estudado até só o segundo ano,dominava a matemática como ninguém!Aplicava a equação de segundo grau na resolução de problemas sem nunca ter aprendido.Usava a quadratura de círculo para calcular retirada de tábuas de uma tora.
Era um amante da natureza,valorizava tudo que havia nela.Para ele não havia nada mais importante que a terra!
Homem bonito ,cabelos castanho emoldurando seus olhos azuis como o céu,nasceu
para cultivar a terra e sabia como ninguém reconhecer os sinais da natureza.
Ao olhar para o céu sabia com exatidão qual seria o clima :vento, chuva,sol forte ou frio.
Ele foi ,sem dúvida, o melhor pai do mundo,sabendo me orientar com amor,dedicação e principalmente transmitindo todo o seu amor pelas obras do Senhor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!