Para os jovens da década de 50 e 60 o Carnaval era uma das festas mais esperadas, a diversão era total. As famílias preparavam fantasias, cada uma procurava ser melhor que a outra. Como eu não frequentava o clube onde morava, e também não tinha com quem pular, ia para Botucatu, pular com os familiares de minha avó Rubina. Fazíamos reunião para decidir a fantasia, e separar quem fazia o que.Como eu costurava ,fazia algumas fantasias e ficava encarregada de todas as pinturas. Em um determinado baile tivemos a ousadia de nos fantasiarmos de esqueleto.Todos usamos um macacão preto, no qual eu pintei um esqueleto ,deu um trabalhão! Depois de nos aprontarmos, saiamos da Vila Operária com destino ao centro onde ficava o clube, era um show a parte .A família toda: mãe, pai, filhos,tio,sobrinho,primos todos com a mesma fantasia e munidos da mesma animação. Íamos cantando e pulando na maior animação carregavam na bolsa,
confete e serpentina e no coração uma vontade louca de divertir. Hoje todos levam na bolsa camisinhas e no
coração o desejo de transar.Carnaval hoje é comercio, não diversão! Nos bailes havia respeito entre os foliões. Hoje só há uma pegação!Não sou moralista, mas se diversão hoje é transar,fico triste, pois falta a
todos imaginação,que era o que mais tínhamos. Diversão não esta ligada a sexo. Na minha época nos jogávamos confeite e serpentina hoje os jovens usam baseado. Uma das fantasia que todos da minha
lembram eu usando era uma saia santrope com uma blusa amarrada na frente.Fiquei bem legal nela!
Acredito que no nosso meio deveria ter pessoas como hoje, mas era excessão, não regra, hoje a regra
é curtir, beijar muito e usar muitas camisinhas! No Carnaval hoje a mulher é usada como um objeto.
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