Fui morar com meus sogros numa chácara lindíssima, com muito verde, porcos, cavalo, galinhas. Lavava-se roupas num riacho no fundo da chácara. Minha sogra deixou patenteado que não gostava de mim,chegou a dizer que eu tinha
olho de cobra. O meu sogro apesar de muito amoroso se deixava levar, por pura comodidade, pela mulher. Minha situação não era nada fácil eu só tinha uma pessoa do meu lado,d. Brasília, avó de meu marido. Ela era quase negra, com todos os caracteres da raça, e principalmente dona de um coração imenso. Conquistou o meu afeto desde o primeiro dia em que a vi. Vó Brasília me apresentava aos outros como
minha neta branca, eu percebia orgulho e muito amor quando dizia isso.Minha sogra pedia para eu por as camisas de meu marido quarar e quando meu sogro chegava ela ia logo dizendo que eu queria acabar com as roupas de seu filho, ela era a maldade em pessoa. Jurei que ela não me venceria.Meu marido nunca me defendeu, pelo contrário permanecia alheio a tudo. Quando fiquei grávida a primeira coisa que ouvi foi
será que é do meu filho?Os únicos que ficaram felizes foram: vó Brasília e meu pai. Meu pai foi contra o casamento e eu nunca contei os horrores que passei com aquela família, pois fui alertada por ele e não dei ouvidos,portanto decidi vence-los sem alardes.o Meu sogro era mão fechada, para fazer economia picava mandioca e cozinhava junto com o arroz. Como criavam porcos para matar cozinhavam a carne que não ia para a venda e colocavam numa lata, na hora da comida aqueciam e comiam.Isso era feito até na hora do café da manhã,aliás essa era a primeira refeição deles. Como eu já trabalhava, comprava alguma coisa para comer, quando eu não tinha dinheiro passava fome. Meu maior terror era no dia de matança, chegava a chorar quando eles começavam a separar os animais para serem mortos, imediatamente eu saía mesmo que não pudesse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário