Quando mudei na casa da rua Stélio Machado, conheci uma família que viria a ser uma extensão da minha. Eram muito pobre, mas entre eles reinava muito amor. O pai um italiano idoso que punha alças nas canecas e cabo nas panelas, era um verdadeiro artista nessa arte. A mãe era uma senhora maltratada pela vida, mas que conservava a alegria de viver.Tinha um casal de filhos do casamento anterior,dois casais desse casamento. Para ajudar ela fazia sabão para vender. Saia todos os dias para catar lenha no mato, nem sei o número de vezes que a acompanhei, era uma diversão e tanto. Éramos muito diferentes mas entre essa família nasceu um elo muito forte, tanto que eles foram a minha âncora quando mamãe se foi. A filha mais nova se tornou uma grande amiga, me seguindo por onde eu fosse. Contei sobre eles para que entendessem o que vou contar. Durante o mes de maio, no Dia das Mães, fui entregar um presente para mamãe, mas pediu que eu só entregasse quando minha irmã chegasse. Logo cedo ela chegou. Mamalãe colocou os presentes sobre a mesa e então pegou o meu e deu para minha irmã, e o dela me deu falando 'DE HOJE EM DIANTE UMA DEVERÁ SER UM POUCO A MÃE DA OUTRA"Como eu sabia que ela logo nos deixaria, entendi o recado,mas minha irmã que nada sabia ficou sem entender nada. Só no final do mes com a minha ausencia e que ela saberia do real estado da mamãe.
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