30 de jul. de 2011

O que nos toca o coração!

É interessante como alguns sons tocam nosso coração,para o agiota o tilintar das moedas são  músicas para seus ouvidos.Para a mãe o primeiro som que sai da boca de seu filho recem nascido, é a mais bela música que já chegou aos seus ouvidos e mais tarde com o filho já crescido a palavra MÃE dita por ele é o som de anjos tocando harpas.Para mim o som da voz de meus filhos e netos é uma musica  divina que me acorda  para a vida.
A voz do Elvis Presley são carinhos para meu ouvido me levando para o passado.Mas desde pequena tem dois sons que me transportam para outra dimensão: o som de uma  boa banda e o som de uma viola bem tocada.
Quando falo de banda me refio a banda militar.
O som de uma banda  faz com que meu corpo todo se prepara para acompanhar a música,como se cada molécula de meu ser se agitasse .Na minha infância,juventude pude conviver com o maior violeiro que já conheci.O senhor João Cardoso de Oliveira alem de ótimo político(chegou a ser prefeito de Cerqueira César)
tocava uma viola como nunca mais vi,até hoje.Usando como palheta um pedaço de palha,ao dedilhar as cortas parecia que a viola falava,criando vida.
Hoje ouço vários violeiros,mas com nenhum conseguiu criar colibris cantado no meu ouvido e nem borboletas no meu estomago
Não sei se é a magia do passado,um período mágico de descobertas ou se realmente as músicas dessa época tocavam  direto o coração com varinha mágica.
Adicionar legenda
Os sons da Mãe Natureza também me oferece um extaze.Os sons emitidos pelos pardais são como luzes a brilhar no Cosmos.O barulho das maritacas,alegram os ambientes.
Gosto de a noite ficar curtindo os seus sons: o vento, as rãs coaxando,os grilos e imediatamente volto para o
Campo Redondo,no meu áureo tempo de roceira,com muito orgulho!!!!!!!!!.
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29 de jul. de 2011

Meu primeiro amor.

Na minha época nós as meninas não tínhamos outro interesse de que senão brincar.Brincávamos de casinha ,de ser mãe,de pula corda,amarelinha,pega-pega,havia um jogo que eu não lembro o nome que era de jogar saquinhos feitos de pano.Eu era uma exper nesse jogo,vencia todos e ainda confecciona-os para vender.
Na brincadeira de casinha imitávamos nossas mães nos afazeres domésticos, acho que era um treino para sermos boas donas de casa.Brincávamos de bonecas,imitando nossas mães ou avó no trato com o bebe,estávamos treinando para sermos mães.
Só por volta  dos 15 anos é que começávamos a ver o menino com outros olhos.
Eu tinha uma amiga,filha do chefe da estação(era um cargo muito importante) chamada Maria Clara ela tinha um irmão chamado Gilberto.
Gilberto era educado,sabia recitar versos lindos,como lia muito tinha um vasto conhecimento para a sua idade 14 anos.ele era 4 meses mais velho que eu.
No começo o que me atraia nele foi a sua cultura,líamos juntos ou ficávamos hora falando de um assunto
específico.
Ele era moreno,simpático,tinha lindos olhos negros não era nem gordo e nem magro.Por um bom tempo lemos ,discutimos vários assuntos até que seu pai foi transferido para outra cidade.A família ficou quase um ano residindo em Cerqueira César, foi aí  que percebemos como um era importante para o outro.
Certo dia ao abrir meu livro de francês encontrei um bilhete seu me pedindo em namoro.Esse bilhete nunca foi respondido,pois ele mudou.
Hoje relembrando tudo que aconteceu cheguei a conclusão que meu coração bateu forte pela primeira vez para o Gilberto.Na verdade ele foi o meu primeiro amor.
Anos depois nos encontramos e eu assustei: Gilberto era um senhor obeso e careca
Quando conversamos rimos muito de tudo que havia acontecido entre nós e ele me apresentou a sua esposa como seu primeiro amor!!!!!!!!!!! Nessa época o amor era puro!!!!!!

28 de jul. de 2011

Meus grandes tombos!!

Nos primeiros anos  de minha vida eu cai constantemente até que se detectou a causa, com a glaucoma controlada passei a viver normalmente.
Aos 13 anos eu já era líder estudantil e como minha escola estava promovendo um festival eu estava trabalhando muito.Tudo já estava arrumado só faltando um sanfoneiro.
A  prof. de música,d.Maria Célia e eu fomos conversar com o melhor sanfoneiro da cidade,como ele era amigo de meu pai concordou em ir.
Estávamos voltando,numa conversa muito animada,eu andava distraidamente até que num desnível de calçada fui para o chão.Caí de cara no cimento da calçada, quebrando o vomer e machucando muito o rosto.
Participei do festival com a cabeça e parte do rosto enfaixado.Só voltei ao normal depois de 120 dias.
Esse tombo me machucou bastante,mas pior que ele foi o tombo que levei enquanto jogava basquete pelo Tenis Clube de Bauru.Como era final de campeonato todas nos dávamos o sangue no jogo.O jogo estava empatado e eu peguei a bola e a remessei ,fiz os 3 pontos mas fui jogada , e ao cair tive uma complicação no joelho esquerdo que me impossibilitou de voltar a jogar.
Morando em Apiai, gravida de 9 meses do André Luiz,fui as compras e uma vizinha pediu que eu trouxesse 2 dúzias de ovos.
Enquanto eu fazia compras caiu uma chuva forte.Na frente da minha casa tinha uma escada de 5 degraus que ficou toda molhada.Chegando em casa,eu com uma barriga imensa,peguei cada dúzia de ovo em uma mão.
Ao descer a escada,escorreguei e cai rolando escada a baixo.Dos ovos nada sobrou nada aconteceu comigo ou com o bebe,mas destoxiquei meu fígado de tanto rir.
No meu corpo restaram os hematomas,mesmo após o nascimento do Andre Luiz que se deu 2 dias depois.

27 de jul. de 2011

Meus amores de ontem, de hoje e de sempre!


Desde pequena sou loucamente apaixonada por cães.Adoro a minha família, filhos, netos,noras,amigos ,mas não saberia viver sem cães.Os cães são como uma necessidade para mim.Já cheguei a ter 58 entre bebes e adultos.Eu reconhecia o latitinho de cada um.Tenho uma relação de amor e respeito com esses bichinhos.Eles me ouvem e acatam minhas ordens.Pode estar a maior algazarra,basta eu perguntar que está acontecendo para que eles parem.Sei exatamente o que eles querem dizer,pois eles falam com os olhos e com gestos.
Dizem que quem se aproximam  de animais são pessoas carentes e mal resolvidas,.Sou bem amada por meus filhos,amigos, e principalmente me amo.
Os cães para mim não são uma saída para uma vida solitária pois essa não é a minha vida.
Fui criada acreditando que o pai nos fez seres racionais e pensantes  para que pudéssemos cuidar das suas criações :mãe natureza,todos os outros seres vivos que necessitam da nossa proteção.
O ser humano atual usa os animais como alimentação,distração ou enfeite.Trata os animais como objeto e em muitos casos trata-os  como gente,vestindo,perfumando,criando-os como seres humanos.
Basta um cão aparecer em uma novela ou filme para a sociedade toda passar a comprar um da mesma raça.
Para mim os cães são animais e devem ser tratados e respeitados como tal.
Eu os amo como são,brincalhões,livres e as vezes até com cheirinho caracteristico,usando  a roupa que meu pai lhes deu:seu pelo.
Se encontro alguém que diz detestar animais imediatamente me afasto,pois boa pessoa não é!!!!!!!.

26 de jul. de 2011

Percebemos quem será nossos filhos,logo pequeninos!

Hoje analisando minha vida e a dos meus filhos percebo que na mais tenra idade eles já demonstravam a que tinham vindo.
Meu filho mais velho bem pequeno demonstrou ser louco por parafuso,que ele chamava de faluso.Teve uma coleção imensa de faluso,e também gostava muito de macarronada que ele chamava de macarromonada.
Ainda pequenininho,certa vez ,em Apiai,eu estava atarefada e um amigo de quem eu gostumava comprar livros,bateu e eu pedi a ele que pedisse que o rapaz voltasse mais tarde,que eu não estava.Ele prontamente
atendeu a porta dizendo que eu mandara dizer que não estava,era para voltar mais tarde,corri me explicar e tudo acabou em risadas.
Nesse comportamentos ele estava me dizendo que seria um homem prático,glutão e muito honesto,que é o que ele é hoje.
Já meu filho mais novo ,desde o nascer era a alegria em pessoa,ri para todos que se aproximasse dele,fazia caras e bocas constantemente,para tirar fotografia fazia posse.Eu tinha uma amiga professora que ia comigo a escola que sempre vinha em casa,ela fumava,mas nunca em casa,mas acho que André Luiz percebeu,pois era só ela chegar que ele fazia o gesto com os dedinhos e falava vamo chumá.Depois  passou a catar bituca e querer fumar.Eu mantinha uma pajem para ele enquanto estava trabalhando.O nome dela era Clícia (será que ela ainda está em Apiai,ficaria feliz em saber.Certo feriado,quando ela não vinha eu terminei meus afazeres e sem nada falar aos meninos fui tomar banho.Ele me procurou e não achou,bateu então na porta do
banheiro e eu respondi eu sai,não há ninguém aqui.Qual não foi minha surpresa ao sair do banho e não encontra-lo.André Luiz havia sumido.Não estava em lugar algum.Toda a vizinhança passou a procurá-lo.
Estávamos todos desesperados.Não havia ido a casa da vó Georgina e nem da Cinira. Alguém teve a ideia de procurar pela Clicia.Chegando lá qual não foi a surpresa de deparar com ele comendo.Havia dito que eu precisei sair e mandei ele para lá.
Com tudo isso ele estava me dizendo que seria um viciado em cigarro e um ótimo artista,exatamente o que é hoje.

25 de jul. de 2011

Graças ao pai; tenho amigos!

Saindo do Parque Portugal me mudei  para a Vila Boa Esperança,em uma casa que dona Lourdes conseguiu para mim.A casa é habitável,bem pequena,menor que a casa dos cachorros em C.César.
O que ela tem de mais bonito é a Praça em sua frente.Como toda casa alugada é cheia de defeitos:tanque que dificulta seu uso.torneira com defeito,janela que não fecha,piso com defeito,etc.
Os quartos são tão pequenos que a cama precisa ficar encostada na parede.Falta tomadas em toda a casa .
Tudo isso é anulado pela presença de minha amiga e irmã de coração.Ela costuma dizer que não pode me ajudar, mas se faz presente sempre quando preciso.
Ciente de minhas dificuldades em andar ela me liga várias  vezes por dia pois sabe que sempre estou só.
Certo dia liguei na sua casa e ela não estava,quando chegou veio apavorada me ver.Pensou que eu tivesse caído ou passado mal,chegou até sem ar.
Quando vê o carteiro com medo de entrar,devido  minhas duas menininhas,a Hanna e a Ernestina,que latem,ela corre pegar o objeto.
Não há um só dia que eu deixe de agradecer ao pai por ter colocado dona Lourdes no meu caminho,ela faz o que minha irmã de sangue nunca fez.
Nossa amizade prova que amizade de verdade,segue independente do tempo ou da situação.

24 de jul. de 2011

De uma jovem sonhadora a mulher do século 21!

Daquela jovem que sonhava reformar o mundo,restou a coragem,a garra e o desejo do bem comum.Aos poucos fui verificando que os sonhos alimentam a alma,mas as vezes são utopias.
Tão logo me tornei mulher descobri que é melhor se ter um meio príncipe do que um sapo ao nosso lado.Que a vida diária não combina com os sonhos que eu acalentava,que a realidade é diferente e massacrante.
Que meu príncipe encantado não era exatamente como nos meus sonhos,era um sapo disfarçado,cheio de defeitos e com muita pouca paciência.A verdade dói, mas acorda nosso ser do grande sonho e nos joga na dura realidade.
Aos poucos fui acordando para a realidade nua e crua.Foi a presença do meu filho mais velho que tornou possível essa transição ser menos dolorosa,pois ele era a realização de um grande sonho-o de ser mãe.Acho que esse foi o único sonho que realmente realizei,pois os outros foram parcialmente realizados.
Não consegui modificar o mundo,ele continua cruel, mas em compensação consegui modificar algumas pessoas.
Não salvei o planeta, mas pude plantar muitas árvores e flores.
Não trouxe a paz para a Humanidade,mas consegui viver em paz.
Se não mudei o mundo, mudei a mim mesmo,me tornando mais prática e menos sonhadora.
Cheguei a conclusão que o mundo só será realmente mudado quando os seres humanos mudarem por dentro,como eu consegui fazer.A grande mudança começa no interior de cada pessoa. Acorde,amigo a terra só mudará quando eu e você mudarmos!!!!!!!!!!!!!

23 de jul. de 2011

No dia em que meu filho teve que ser operado!

Certa noite André Luiz, não nos deixou dormir com febre alta,vomitando,mas nunca ele tinha tido esses sintomas.Ele era portador de asma.Suas crises sempre manifestava a asma, mas nessa noite tudo foi diferente.
Eu e Ulisses não dormimos a noite  toda, cuidando dele.
Foi com alegria que vimos o sol nascer e ele pode ser ser lavado ao hospital.Naquela época tínhamos um ótimo atendimento pelo IASMP aqui na Santa Casa.
Eu tive que ir a escola ,pois tinha prova e o Ulisses o levou .Imagine o meu desespero com um filho no hospital e sem saber do que se tratava..
A prova estava quase terminando quando Ulisses ligando avisando que seu irmão precisava ser operado de apendicite.A operação já estava acontecendo quando pude e ir até o hospital,a única coisa que pude fazer ainda
na escola foi escolher o médico
Chegando lá,encontrei o Ulisses agindo com um paisão,todo preocupado,andando de um lado para outro ..
Apesar da situação,fiquei feliz por ver meus filhos unidos, foi aí que eu tive a certeza que sempre nós poderíamos contar um com o outro pois com o pai pouco poderíamos contar,pala sua maneira diferente de ver o mundo.
Esse fato serviu para acalmar meu coração,pois temia não ter passado para eles a importância da união entre os membros de uma família,mas ele provou que meus filhos entenderam que tudo que acontece com um membro da família reflete em todos.Hoje eles estão separados pela vida que levam mas os dois sabem que em algum lugar está o irmão com quem sempre pode contar!!!!!!!!!!!!!

22 de jul. de 2011

O dia em que perdi a paciência com meu marido!!

Sempre tive muita paciência com a maneira esquisita de agir de meu marido.Por sermos de mundo diferente e termos tido educação e vivências diferentes, nossa maneira de ver a vida era totalmente diferente,vamos dizer que éramos como água e o óleo.
Enquanto eu fui muito bem criada,ele foi criado aos trancos e Barrancos.Imagine que seu pai não confiando na esposa arrumou uma ama que o criou.
Eu tinha uma vida social,com amigos dançando me divertindo,ele que eu saiba teve só dois amigos,sua maior distração era ficar sentado atrás do balcão lendo,e as vezes ir ao cinema ou jardim.
Ele era inteligente e tudo que aprendeu foi sozinho.Ele é auto didática, o que lhe da muitos méritos.
Fizemos o curso preparatório para o ginásio juntos,foi quando nos reencontramos.
Já no ginásio certo dia seu pai apareceu na escola de chapelão,com roupas bregas e o tirou da sala dizendo que ele não voltaria a escola porque não merecia,havia corrigido sua mãe.Nunca mais ele voltou a escola,a não ser depois de casado quando fez o supletivo.
Enquanto eu fui criada conhecendo a boa mesa,meu marido foi criado comendo mandioca,carnes,feijão e arroz;imagine que ele experimento maria mole com mais de 10 anos e só conheceu gelatina e geleia já adulto.
O que se esperar de um pai criado assim? Esse foi o motivo que me fez  ter toda a paciência do mundo com ele.
Segui a maneira fui criada,variando bastante a comida,procurando dar aos meus filhos uma alimentação boa.Sempre gostei  de cozinhar, portanto caprichava nas refeições.Meu marido era quem mais comia
O terror era só na hora das compras,ele me deixava doida falando que não precisava comprar tudo o que eu comprava que os meninos podiam bem comer arroz feijão, ovo, verduras,alguma carne.Chegou até a dizer
que ele passaria muito bem com arroz,feijão e ovo.Foi aí que eu explodi.Naquele dia paguei  a compra sozinha e arquitetei um plano Ia corrigir meu marido.Ele saia de manhã para trabalhar e só voltava para jantar.No café da manhã só dei café, leite e um pão de padaria,nada de panquecas,bolos,bolachinhas ou doces .
Para os meninos, que tomaram café depois tinha tudo que eles estavam acostumados.
O almoço era normal pois éramos só nós.No jantar passei a dar comida de ótima qualidade aos meus  filhos antes que ele chegasse,para quem eu só servia arroz,feijão e ovo frito.
Essa fase durou um mês,quando cheio de comer a mesma coisa ele passou a trazer outras misturas
para eu fazer,foi quando eu lhe contei o que estava acontecendo.
Nunca mais meu marido reclamou de se comprar mantimentos para se comer bem!!!!!!!!!!!

21 de jul. de 2011

Foi em Apiai que vi a maior prova de amor materno!

Como já contei minha casa em Apiai ficava na esquina da rua 7 de Setembro com Travessa Duarte.No primeiro quarteirão da rua 7,após minha casa morava um casal de professores:João e Cida.
Cida engravidou e teve um parto prematuro.Como não tinham condições de manter o bebe internado,trouxeram a nene para casa.Era uma menininha com aproximadamente 700 gramas,bem pequena,necessitando ser mantida em incubadora,o que eles não possuíam.
Improvisariam uma,usando algodão  e aquecendo com lâmpadas.O alimento era pingado na boquinha minúscula.
Todos da família se revezavam no tratamento,Cida ficava atenta 24h por dia.Aquele serzinho mal podia ser manuseado,mas devia ser limpo e trocado.Era uma luta1
Quando  chegou,ninguem acreditava que poderia sobreviver,somente Cida tinha a certeza disso.O tempo foi passando e o amor da mãe conseguiu salvar sua filha.
Quando eu mudei ela estava uma menina forte e bonita. Cada vez que penso em uma mãe amorosa,volto para essa época e revejo o sacrifício que a Cida teve para manter sua filha viva.
Se ela não tinha grandes recursos tinha o mais importante,uma chuva de amor e dedicação.
Por um bom tempo Cida teve um só objetivo:Manter sua filha viva!

20 de jul. de 2011

Procurei dar aos meus filhos a mesma educação que recebi!

Como já lhes contei, sou filha de italianos agricultores.Venho de duas famílias completamente diferentes.Minha avó materna era do norte da Itália,fina e educada,meu avô era calabres,trabalhador braçal.Os avós paterno eram lavradores.
Quando eu nasci meu avô materno já havia morrido e minha avó morava conosco,ela com sua educação,cultura e sua finese colaborou na minha educação, tornando- me diferente até mesmo da minha irmã, que fora criada pela avó paterna.   Acredito que ela influenciou meus pais a me dar o tipo de educação que ela recebeu em seu berço de ouro.

Desde a mais tenra idade fui incentivada a  aprender coisas novas.O incentivo ao estudo foi outro ponto positivo. Fui criada com limites e sabendo lutar pelo queria,mas nunca prejudicando os outros.Aprendi  logo cedo o sentido do NÃO.Segundo vovó tudo que a gente conquista com dificuldades tem mais valor.
Não conheci a palavra DERROTA,pois segundo ela essa palavra só quer dizer que algo não saiu como esperávamos,mas  poda ser refeito e o resultado será diferente do anterior.
Aprendi que não posso colocar em primeiro lugar o que eu quero,mas sim o que NÓS QUEREMOS.
Só è válido se lutar por algo que fará todos felizes.
Minha família era muito objetiva e otimista,sempre crendo no melhor,por pior que seja a situação,Deus proverá Minha família tinha uma máxima que guiava-nos:'Não faça planos para a vida,pois eles podem atrapalhar os planos que a vida tem para você!
Com tudo isso me moldando eu não poderia ter sido uma mãe diferente do que fui.Fui muito presente,tentando passar a eles o que recebi da minha família.Se deu certo?É lógico que sim meus filhos são
elogiados por todos até mesmo pelas esposas.Meus filhos as vezes me surpreende citando acontecimentos e
fatos que vivenciaram .Isso quer dizer que consegui com eles o que vovó conseguiu comigo minha vida foi cheira de ótimos momentos dignos de recordação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

19 de jul. de 2011

Na juventude,viviamos inocentemente!

Vendo os jovens de hoje me reporto para os meus quinze anos,ano de 1960,apogeu das mudanças.
Nós trazíamos na face e nos olhos o desejo de ser diferentes de nossos pais.Sonhávamos com um mundo livre,mas o que conseguimos foi só complicar mais nossas  vidas.Éramos rômanticos,procurávamos um grande amor que ficasse ao nosso lado até que a morte nos separasse, e o que conseguimos foi ser taxados da época do amor livre.
Não tínhamos a malícia dos jovens de hoje,a maioria dos jovens,nada sabia sobre sexualidade,as moças não expunham o corpo,quando mostrava os joelhos os rapazes ficavam doidos,dificilmente os casais se beijavam,
o normal era se dar as mãos.

Éramos religiosos e tementes a Deus.Os rapazes tinham  a sua primeira vez com prostitutas,levados pelo pai ou amigos.Nós as mulheres não tínhamos interesses voltados para o sexo,queríamos o amor.
Sonhávamos com o casamento,a casa que montaríamos, os filhos que teríamos.Também idealizávamos a noite de núpcias, não o ato em si mas a magia que cercaria o acontecimento.
Éramos na verdade sonhadores,querendo mudar o mundo.
Foi a época dos grandes festivais de músicas,nós nos reuníamos e íamos ate São Paulo,assistir as competições.
Dançávamos loucamente ao som de Elvys Presley e Beatles.Eu até fui campeã de rock e tuiste.
Era considerado fora do ar quem não conhecesse Ronni Von,Agnaldo Rayol,Wanderleia,Wanderlei Cardoso,o tremendão Erasmo Carlos e dois cantores com a voz igualzinha Roberto Carlos e Paulo Sérgio
Depois vieram  os interpretes das músicas Diana e Oh Carol,Carlos Gonzaga ,e Coração de papel ,o Sérgio Reis.
As letras das músicas falavam da época em que vivíamos , de acontecimentos e amores vividos ou sonhados.
Essa época que misturava inocência com lutas,por um mundo melhor, acredito que nunca mais ocorrerá pois seus protagonistas,nós,estamos nos preparando para viver a maior de todas as experiências,algum já a fizeram,mas a maioria não Dessa época  só restará o exemplo de uma época de uro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

18 de jul. de 2011

Ele fazia questão que eu usasse sua caneta de ouro!


Logo que mudamos na rua Stélio Machado Loureiro em Cerqueira César,conhecemos o Firmino Neves que morava do outro lado da rua XV de Novembro,o que nos separava era só a rua.Desde o primeiro momento ele ficou impressionado com minha inteligencia,ele costumava dizer que se  fosse  minha   filha dele ele mandaria estudar fora,ao que meu pai respondia que gente inteligente não precisa da melhor escola, aprende até sozinho.
Seu Firmino era um fazendeiro que ganhou muito dinheiro e agora vivia de emprestar dinheiro aos outros, o que hoje chamamos de agiota.
Não era raro ele pedir que eu o ajudasse nos seus cálculos.Naquela época ele emprestou dinheiro a um alemão,que procurava voltar a sua terra, que em troca lhe entregou uma caneta sheaffer de ouro.Era um objeto de arte com pena também de ouro,e trazia uma inovação na maneira de colocar tinta.
Meus olhos se iluminaram quando o rico estojo foi aberto Era a coisa mais linda que eu já havia visto,dava até medo de por a mão,mas ele imediatamente ordenou que eu a pegasse e a experimentasse.
Ela escrevia macio,escorrendo pelo papel e saia só a tinta necessário, não sujava  os dedos como as outras,fiquei maravilhada.
Qual não foi minha surpresa quando ele afirmou:Essa caneta só era usada por você,ela é um tributo a sua inteligencia,menina.
Como era uma jóia eu a usava para fazer provas e  deixava todos de boca aberta pela sua riqueza
No primeiro dia que eu fui fazer prova a levei e Dona Maria do Carmo, a professora de matemática,mandou chamá-lo para verificar se eu falava a verdade.se eu realmente tinha autorização para usar uma jóia tão cara.
A partir dessa época quando eu tinha prova ele me entregava a caneta,a ultima vez que eu a usei, foi no Concurso de Ingresso do Magistério.
Com a sua morte não sei o que foi feito dela,mas uma coisa eu sei curti muito essa caneta,ainda hoje tenho receitas que escrevi com ela!!!!!!!!!!

17 de jul. de 2011

As mulheres da minha família eram visionárias!

Quando vejo notícia de mulheres que sofreram agressão, lembro da minha mãe e das minhas avós.Mulheres fortes, forjadas pelo trabalho e a dor.
O maior exemplo de todas foi sem dúvidas nenhuma vovó Bárbara,que enfrentou tudo e a todos para ficar ao lado de seu grande amor, o Paschoal. Até mesmo seus bens materiais ela perdeu para realizar seu sonho.
Mudou de pais para defender seu casamento e não teve dúvidas, ao aceitar seu vicio e só se separaram quando ele partiu para alem da vida.

A Rubina, mulher pequena,aparentemente frágil ,foi uma tigresa defendendo seus filhos e sua família e lutando lado a lado com o José,construíram um belo capital.Era evidente que a cabeça pensante do casal era a dela.
Mamãe,pequena como seu pai, sabia com maestria conduzir nossa família.
As mulheres de minha família não eram madonas, pelo contrário,sabiam ser mulheres e com seus charme convenciam os maridos.O engraçado que os homens tinham a certeza que elas eram dependentes deles,que cabia a eles as grandes decisões.
Lembro nitidamente quando da compra da Fazenda Viuvinha.Papai não pretendia comprá-la,mas mamãe sem nada querer, começou a falar dos benefícios que essa compra traria,elogiando a terra, as plantações e as benfeiturias.A noite na conversa com seu pai ouvi meu pai repetindo tudo que mamãe havia dito,e a fazenda foi comprada.
Hoje as mulheres perderam a sua feminidade e com ela seu charme.As mulheres não precisavam dizer que mandavam como as mulheres fazem hoje,e sabe porque? Porque elas comandavam tudo com descrição e competência.
Hoje as mulheres posam de iguais mas basta o homem fazer um gesto que elas saem correndo.Será que realmente  a mulher de hoje conquistou a igualdade ou aumentou a sua carga de afazeres?Hoje ela é mulher de negócio,dona de casa,mãe sem esquecer que a noite ela precisa ser uma boa amante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.

16 de jul. de 2011

Como um escriturário do transito se tornou importante para mim!

Todos os amigos que fiz em Apiai,eram para todas as horas,na alegria e na dor. Foram muitos amigos mas um em especial conquistou meu coração pelo grande amor que nutria meus  filhos, seu  Alceu de Souza
 de Lopes.
Ele era escriturário do departamento de transito de Apiai,Primeiro ele conheceu meu marido,que logo o convidou para me conhecer,eu estava no começo da gravidez do André Luiz.
Era um homem simples,mas muito letrado.Lia muito e tinha paixão pelo conhecimento .Tinha dois filhos:o Alceu Filho e o Alam bem novinho, era casado com d. Amélia,mulher simples e pacata.,
Sempre comentei com ele que eu não sabia se sua dedicação era por mim ou pelo serzinho que eu esperava.A sua resposta era pronta e sempre a mesma:Deus coloca no nosso caminho as pessoas que nós devemos amar indiferente se parente ou não.Para mim ele foi um pai, um conselheiro e um travesseiro para receber minhas lágrimas nas horas difíceis.Quantas vezes foi ele que me acalmou nas várias situações em que a vida do meu filho esteve em risco,ele o pegava no colo orava fervorosamente,secava minhas lágrimas e dizia o Pai não quer o seu filho,são só acertos da carne.
O mais incrível é que cada vez que meu filho  ficava mal, ele aparecia como que adivinhando.
Outro fato interessante é que Alceuzinho era um mago na matemática.Fazia contas mentalmente e bem rápido.
Se você desse uma data,ele rapidamente dizia em que dia da semana tinha caído.Nunca vi ele errar
Eu não falei que meus amigos de Apiai eram especiais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!E,TEM MAIS HISTÓRIAS DELES

15 de jul. de 2011

No dia que eu e Maria Clarice viramos gente!!!!!!!

Como já contei eu e minha irmã negra(Maria Clarice) éramos ótimas amazonas.Quase todos os dias andávamos a cavalo,e hoje vendo a beleza da lua cheia com sua luz escondidas pelas luzes que o homem fez,lembrei-me de um acontecimento que gostaria de dividir com vocês.
Corria o ano de 1955 e nós já cientes de nossa competência com cavalo, decidimos fazer um passeio mais longo.
Logo cedo fomos buscar os cavalos,nos aprontamos e sem falar com ninguém partimos para nosso passeio.Seguimos pelas estradas sem se preocupar para onde ir.Não passamos por Avaré como era nosso costume,contornamos a cidade por fora.
Na hora da sede parávamos nos riachos bebíamos e deixávamos os cavalos pastarem,beber agua e descansar, quando dava fome colhíamos frutos nas estradas.Andamos até chegar em Itatinga e daí decidimos voltar
A nossa volta era guiada pela luz da lua cheia.Naquela época a lua era a rainha das noites,sua luz era pura e caia sobre a terra como bênção,prateando tudo,era possível andar só com a luz da lua.
O que nós não calculávamos é que já era muito tarde da noite e ao chegar em casa encontramos mamãe em prantos,vovó nervosíssima e papai quase perdendo os cabelos,por nossa causa.
Mamãe deu comida,mandou tomarmos banho e só então derramou sobre nós sua fúria.
Começou dizendo que nosso comportamento não foi de gente,pois o ser humano é um ser social,todas as suas ações reflete nos outros ,fomos egoístas só pensamos em nós e eles sem notícias estavam desesperados.
Ganhamos uma cintada,que na minha pele branquinha deixou um vergão horrível.
No resto da noite,refletimos sobre nosso ato impensado,acalentada pela dor da cintada e pelo remorso de ter causado tanta dor em quem nós amávamos muito.
Foi nesse dia que eu e Clarice,viramos gente e deixamos de ser dois bichinho livres!!!!!!!!!!!!!

14 de jul. de 2011

Conheci minha cópia!




Morei em Apiai por mais ou menos 5 anos, mais vivi tão intensamente aí que tenho muitas histórias engraçadas,envolvendo eu e meus amigos.
A  primeira de todas é que quando aí mudei o prefeito era o Janguito,meu vizinho.Como já contei meu marido tinha negócios de onde eu vim e por isso não pode ficar,no começo conosco,eu e meu filho ficamos sozinhos.
Qual não foi minha surpresa ao descobrir que o prefeito tinha um filho que era a réplica do meu.Imagine se a esposa dele não soubesse da sua integridade,eu estaria em maus lençóis!Na época muito se comentou da semelhanças dos meninos, mas acredito que minha conduta não deu margem a interpretação duvidosa.Mas que eles pareciam irmãos isso era fato.
Nas primeiras semanas residindo aí meu filho teve dor de dente,e eu o levei ao dentista Manuel Pampanini.Ele era uma pessoa muito agrádavel e da minha raça.Tão logo eu entrei no consultório ele se pôs a rir e foi logo falando AH professora então a senhora é a responsável por todo comentário que tenho ouvido?
Eu levei um susto danado. Ele foi dizendo que várias pessoas ,seus clientes diziam ter visto sua mulher andando numa baratinha(fusquinha) e ainda comentavam que ele estava enricando.
Na verdade não entendi nada até que Maria sua esposa entrou no consultório.Levei um sustão,era eu mais baixa e um pouco mais morena.Até os óculos eram  iguais.Entendi tudo, o povo estava me confundindo com Maria.Nos tornamos grandes amigos e não raramente ele dizia'professora olha o que faz, não faça nada errado porque minha Maria é quem vai pagar Isso virou uma grande gozação na cidade pois de longe acho que até eu ficaria em dúvidas!QUE  BONS TEMPOS!!!!!!!!!!!!

13 de jul. de 2011

Como é duro ser diferente

Como já contei, após minha primeira operação,fiquei na casa de meu filho mais velho,para me recuperar.
Certo dia,quando eu já estava melhor ele resolveu me leva às compras.Foi ele,sua esposa,meu neto Augusto e Yuri.
Para o Yuri foi uma farra levar a vó de cadeira de rodas.Para mim foi um sufoco.As pessoas não te respeitam,passam na frente,não deixam voce passar.
Pior ainda é tentar pegar algum produto.Eles ficam fora do seu alcance ou as pessoas se aglomeram nas prateleiras e voce não consegue chegar próximo deles.
Meu neto quando percebeu que não davam passagem começou a dizer Saiam da frente que minha avô está passando.
Com a ajuda do Yuri consrgui comprar algumas coisas,mas com muita dificuldades.
Para mim estava se desenhando o calvário que teria que percorrer,Em uma cadeira de rodas ou em um andador,teria que redescobrir como viver.Para alguem que costumava levar, amparando, dona Gloria ás compras uma vez por mes ,não se locomover era um desafio.
Quando voce se ve impossibilitada de andar,percebe como as pernas são importantes.Nos fomos criados a imagem e semelhança do Pai que é perfeito,tudo que sai disso são experiencias muito sofredoras.
Para quem sempre foi livre, ter que depender do outrem é um treino de paciencia e aprendizado.!!!!!!!!!!!!

12 de jul. de 2011

Que saudades da vó Georgina!!!!!!

Esses dias recebi um e-mail de um rapaz de Apiai,essa comunicação me trouxe gratas lembranças de uma cidade que alem de ter me dado o André Luiz,meu filho mais novo;não tão novo assim;ele nasceu em1972,foi a cidade onde fiz grandes amigos e fui muito feliz .
É impossível se ser infeliz numa cidade onde a beleza do lugar só não é maior que o coração de seus filhos´
Naquela época o apiaense era sempre muito humano e amigo como poucos . Lá fui recebida como se fosse da família deles.
Uma em particular,foi para mim uma mãe e para meus filhos uma avó dedicada.Era a dona Georgina,que era minha vizinha.
Quando lá cheguei,sozinha e com um filho foi a sua família que me recebeu como se eu fosse um deles´
Quando fiquei grávida eles todos se engravidaram comigo.meu filho foi a criança mais esperada do mundo!
Ao nascer André Luiz foi amado,bajulado e todas as suas vontades os avós e as novas tias faziam´.
É com imensa saudades que me recordo deles.Nunca pude voltar para reve-los,mas eles vivem nas fotos, na lembrança e no meu eterno amor!
Quando de lá sai ele tinha 4 anos, portanto pode curtir bastante essa família Rodrigues.
Nascido nesse céu de belezas naturais,meu filho só poderia ser artista,o que logo cedo demonstrou tendências.
Eu demoraria vários anos para conta-lhes tudo que sua cabeça de artista aprontou com essa avó amada.
Ele adorava o frango ensopado que a vó fazia e por varias vezes ele aprontou com ela
Dona Georgina achava que eu trabalhava muito, por isso, quando eu saia para reunião antes que eu chegasse
ela mandava o almoço.Certa vez meus filhos foram para sua casa, como faziam sempre,era  a hora que eu aproveitava para fazer faxina..Depois que terminei corri buscá-los para fazermos o almoço.Lá chegando qual
não foi minha surpresa quando ela me recebeu com o almoço pronto.Toda risonha e como sempre muito feliz
ela me disse'Obrigada filha por ter lembrado de mim na hora de precisão,foi um prazer fazer o almoço que voce não poderia fazer e por dizer o que queriam comer.André Luiz havia dito que eu não viria para fazer o almoço e que havia pedido par ela fazer e tinha que ser ensopado de frango. n
Até hoje não sei se ela acreditava ou nos agradar era um prazer para ela!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!