Se falei de minhas avós ,nada mais justo que falar dos vovôs . Paschoal já havia morrido quando eu nasci,mas dizem que sou a réplica dele no andar e que sou a mãe da paciência,ele era o pai,no mais sou todo o inverso dele: sou loira,ele era moreno;sou alta ele era bem baixinho.
Os Portos costumam dizer que sou muito parecida com meu avô José.Dizem que herdei até a ruindade dele.
Tudo que sei do Paschoal são informações passadas por parentes.Sei que ele e minha avó se amaram muito,que ele era um pouco enrolado para negócios,imagine que chegou a trocar uma casa com um sítio,só trocando as escrituras.Eu acho que ele era inocente demais.
Com o José eu convivi e briguei muito....Sempre achei que ele me detestava,mas com minha mudança para Cerqueira César pode conviver com meu tio Antoninho e pude descobrir que fui muito amada por ele,que exigia de mim por querer desenvolver mais minha inteligencia.
José contava suas histórias sentado debaixo da paineira,enquanto todos comiam muitas frutas.Foi com ele que aprendi a comer melancia com pão.
O meu amor pelos animais e pela natureza com tudo que tem nela devo a esses dois homens guerreiros,lutadores que enfrentaram o desconhecido por amor.
Para eles não havia nada mais sagrado que a terra,que tudo nos dá!O meu DNA se impregnou de amor pela terra,graças a herança genética desses dois agricultores que idolatravam a terra.
Aprendi com José a conhecer e respeitar o vento que balança as folhas,o sereno que vem beijar as plantas, chuva que lava a terra,a geada que mata o que não presta, o coaxar dos sapos que anunciam a chuva,a revoada de pássaros que anunciam chuva forte,as pedras que indicam terra forte,a fugir de terra onde a samambaia é frondosa,pois isso indica que a terra esta morrendo,enfim aprendi a amar as criações de Deus!!!!!!!.
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