Casa alugada, agora é só mudar! Será??????????

Na verdade o que eu consegui foi um local onde anteriormente funcionava um bar.Era um galpão fechado, sem forro ou divisões, mas consegui a autorização de transformar em algo habitável por um  aluguel simbólico.
Tão logo terminaram as reuniões da nova escola,me dirigi ao hotel para pegar minhas coisas, entrar em contacto com meu marido.Sabem do que participei sem querer?Ao entrar no Viaduto Laudo Natel verifiquei um movimento diferente.Havia autoridades, inclusive meu amigo o prefeito Arildo que risonho cumprimentava todos enquanto o cantor Roni Von oferecia rosas .Fiquei muito feliz em participar dessa inauguração, que deu novos ares e progresso a esta cidade.
Arildo me convidou para as comemorações que fariam na Prefeitura,mas educadamente agradeci, alegando
que precisava ir buscar minha mudança.
Tentei ligar para Paraibuna onde estava meu marido, mas daqui nada consegui
Parti de volta para Apiai,e em cada cidade que eu passava tentava ligar(nessa época não havia celular, tinha que ligar de um posto ou alguma loja) Das lojas Cem de Itu consegui ligar mas enquanto foram chamar meu marido a ligação caiu.Quem atendeu avisou que devido a chuva eles estavam sem comunicação.

Continuei tentando,sem nada. conseguir.Chegando em casa ,mesmo ter conseguido falar com meu marido, decidi mudar.Pus no carro alimentos,talheres,prato,panela,toalhas,lençol,cobertor,travesseiros,minha cachorrinha Tieta com seus 5 filhotes recem nascidos,meus filhos e partimos de mudança,sem mudança.
A Ana Maria ficou cuidando da casa e responsável por avisar meu marido.
E assim começou a saga dos quase italianos na Terra dos Ilalianos!!!!!!!!!

E agora, onde vamos morar?

Como ficou combinado entre nos, no final de Janeiro venho para Valinhos, deixando meus filhos aos cuidados  da Ana Maria, sua mãe e irmão,com a incumbência de encontrar uma casa para mudarmos.Meu marido seria então avisado e um caminhão da firma faria a mudança. Eu sabia que meus filhos seriam bem  cuidados, mas era a primeira vez que eles não me acompanhavam.
Sai com destino certo,iria me hospedar  na Fonte Sónia que na época estava no seu apogeu. Era um hotel requintado,atendimento 5 estrelas.
Como eu teria que me apresentar na escola as 7.30h, me serviram o café bem cedinho. Eu e meu fusca nos dirigimos para a Reforma Agrária, onde ficava a escola.Quando contorno o início do condomínio, avisto funcionário da prefeitura trabalhando num oleoduto, como estava adiantada, decidi me informar sobre casa para alugar.
Qual não foi minha surpresa ao ver  dentro do buraco um senhor bem vestido,trabalhando com os funcionários.
Quando fiz a pergunta, os empregados responderam "o chefe da cidade sabe".Foi aí que esse senhor sai do buraco e se apresenta:Muito prazer eu sou Arildo, o prefeito de Valinhos. 
Arildo foi o primeiro dos grandes amigos que aqui fiz.
Como não encontrava casa para comprar ou alugar,segui a orientação do Arildo e aluguei um galpão no condomínio,bem próximo a escola.Chamavam de condomínio o espaço administrado pela diretoria dos agricultores donos das chacaras do bairro.
Adorei as colegas de escola em especial a Edna Bampa da Fonseca,que lembrava muito a Clara Nunes,pela
vestimenta e pela sua alegria.Todos era ótimos. Agora era só avisar meu marido!

Trabalhar é fácil,mas se despedir.............................................................

Voltamos para Apiai bem animados com o que nos esperava em Valinhos, talves por minha influencia meus filhos adoravam o novo. No ultimo dia de aula ,chegava a hora das despedidas.Uma linda festa fora organizada e quando eu chego tudo começa.Havia além dos professores, funcionários representantes dos alunos de cada série que eu lecionei,pais de alunos, e até meus filhos foram trazidos sem que eu soubesse.
A festa fora dividida em quatro partes: exibição de slides de toda atividade que eu havia organizado desde minha chegada na escola,comentários de alunos,pais,colegas,autoridades a meu respeito como professora.Não
foi possível segurar as lágrimas!,Apresentação de músicas e danças, sempre mostrando o que eu havia ensinado
em todo meu período na escola, O almoço foi servido para todos, regado a lembranças,risos e no fundinho  uma pontinha de  SAUDADES.
Eu trouxe como uma forma de agradecimento um livro cada amigo que lá fiz, deles eu recebi faiança,jogos de café com suporte de prata,fruteira de  prata,mas o mais importante é que em cada peça havia uma dedicatória, tornando possível ainda hoje saber quem lá esteve.Toda despedida é triste, e a minha não foi diferente.Sai de lá em lágrimas, mas com a certeza que eu tinha sido útil para essa escola! Todos eles foram muito importantes na minha vida, sou grata hoje e sempre!

Foi com dor no coração,que me despedi dos amigos da escola!

Por orientação de amigos,indiquei para me remover  escolas de Valinhos,que segundo meus amigos era uma cidade de italianos.Segundo eles em Valinhos eu me sentiria em casa,todos eram semelhantes a mim.

Quis o destino que eu me removesse para a EEPG Capivari no Bairro Reforma Agrária em Valinhos. Os colegas  de minha escola ficaram tristes por eu me distanciar deles, mas felizes porque aqui o apiaense,meu filho

poderia ser bem cuidado e poderia frequentar ótimas escolas.

Maria, minha amiga de Apiai,que tinha casa em Campinas,num feriado nos trouxe para conhecer a nova escola.
Viemos  no meu fusca, coitadinho ele veio bem cheio.Como chegamos tarde, descansamos em Campinas em
sua casa no Bairro São Vicente. No outro dia logo cedo sai com meus filhos para conhecer a minha nova escola.

Como estávamos quase na divisa entre as duas cidades, rapidamente entramos em Valinhos.Fui seguindo as placas, até em uma ponte estreita passando por cima da Rodovia Anhanguera. Daí por orientação de um morador, virei a direita.Havia chovido e a estrada era um lamaçal só.Na subida antes do Posto Saci o carro
dançou bastante, e na subida da Clark nos demos uma atolada, nada que não estávamos acostumados em Apiai.O tanque de gasolina do carro estava cheio, mas nos giramos tanto, que começou a abaixar, e nada de achar a escola.Na verdade estávamos em uma cidade formada por chácaras,tudo era muito igual.
Finalmente, encontrei uma moça que ia a escola, e com sua ajuda chegamos a escola.Meus filhos adoraram!
A diretora não estava, mas a servente nos mostrou tudo.Gostei!

Vimos a neve em Apiai!

Como que se Apiai quisesse se despedir com gala desta professora que tanto a amava, mas por contigencias da vida teria que deixa-la, no meu ultimo ano, conheci a neve que caiu sobre ela.
Estava tudo certo para minha remoção, só bastava decidir para onde.
Segunda quinzena de Julho, o inverno corria normalmente, até que por volta das17 h, começou a cair sobre a
cidade algo parecido com plumas bem fininhas. Como era férias escolar todos estavam em casa.
Imediatamente estávamos todos curtindo o que viemos saber que era neve.Rapidamente tudo ficou coberto
pela neve.A mata sumiu tudo era pintado de branco.O frio era grande, mas a nossa curiosidade era maior.
Engraçado que ninguém pensava nas consequencias, só na beleza do que estávamos vendo.Parecia que estávamos na Europa.

A descida da rua 7,parecia um campo de esqui, toda forrada por grossa camada de gelo.As crianças aproveitaram para escorregar.
Pegamos o carro e fomos ate a estrada de Ribeira,que era um lindo campo de esqui.
No outro dia não tinhamos agua pois a agua da caixa havia congelado.Derretemos gelo aquecemos na eletricidade até ferver e os meninos jogaram na caixa d"agua para derreter o gelo.
Dias depois era só tristezas!Tudo estava seco, toda a beleza do verde havia desaparecido!Até as plantas
de dentro de casa havia morrido
Como que por milagre, meses depois a natureza surgiu muito mais
radiante, como se nada houvesse acontecido.
Essa cidade é tão importante nas nossas vidas, que até nos deu de
presente a visão da neve!

Nem tudo foram flores!

A minha estada em Apiai foi um período de muita realização,de conquistas proficionais,de se fazer muitos amigos e de provar a nossa amizade, mas meu filho mais  novo logo aos 2 meses teve de operar o ouvido. Tive que me deslocar até Capão Bonito que apesar de ser relativamente perto, tinha uma serra a vencer.Na época  Apiai tinha poucos recursos na saúde.Havia tres médicos, mas nenhum especialista.A viagem até a cidade de mais recurso era muito demorada pois a estrada no geral era perigosa e com muitas curvas.Tudo isso eu senti quando Andre Luiz tinha 7 meses e tive que procurar socorro quando ele estava com as horas contadas.Saimos de casa com ele agonizando,confiando só no Pai. Pretendiamos ir até Sorocaba onde havia ótimos pediatras,mas entre Guapiara e Capão Bonito seu estado piorou e tivemos que  entrar em Capão Bonito e como tudo acontece segundo o tempo de Deus, encontramos o Dr.José Carlos que havia perdido um filho com a mesma doença e que nascera no mesmo dia de meu filho.Ele se dedicou muito e 16 dias depois meu mortinho volta 
mais vivo do que nunca, para a alegria de todos,para casa
Esse e outros a.contecimentos ligados a saúde,fizeram com que eu pensasse em me remover para um local
onde a saúde tivesse mais recurso.
Foi então que amigos de Apiai que tinham casa em Campinas sujeriram que eu fosse para lá

Como comemorávamos a Páscoa!

Venho de duas vertentes religiosa:Católica Apostólica Romana,espiritualista. Como já disse fui criada principalmente crendo que todos somos iguais,nosso pai e criador é um só,temos todas as qualidades DELE.
Sempre gostei de ritual, independente de igreja.
Quando meus filhos nasceram tentei ensinar tudo que aprendi.Enquanto pequenos me seguiam em tudo. Desde
cedo dei a eles orientação para que escolhessem seus caminhos. Sempre desejei que fossem livres de credos
ortodoxicos e pudessem viver respeitando as criações do pai,e vivendo como um ser criado a imagem e semelhança do Criador
Por tudo isso meus filhos aprenderam que a Páscoa é tempo de renascer.
Páscoa é tempo de deixar renascer em nossos corações a PAZ,  AMOR,  a FÉ,  a  ALEGRIA .
Pascoa é tempo de acreditar em si , É tempo de celebrarmos a vida!O chocolate é só um agrado!

Todo final de semana saíamos passear ou pescar!

Sempre fui apaixonada pela natureza.Na região de  Apiai a natureza era tão exuberante que parecia nos convidar a  conhece-la.

Desde a tenra idade viajei muito com meus filhos.

No dia da viagem meu fusca parecia um hotel. Tinha de tudo: comidas brinquedos, primeiro socorro e o principal muita animação.

Eles adoravam quando eu levava para comer arroz,frango a passarinho, farofa,muitas folhas para salada e o molhinho para temperar.

Levava também muitas frutas prontas para consumir. Adoravam pescar 

em Sete Barras.Sabem por que?É que para encurtar o caminho nos 

atravessávamos de carro o Rio Ribeira de Iguape.Eles andavam por cima das pedras para que o carro os seguissem.Acho que eu era boa motorista pois nunca atolei.

Acredito  que sempre tive uma boa relação com meus filhos porque juntos construimos a nossa história,pesquisando,conhecendo,descobrindo

errando e acertando, mas sempre juntos independente da idade deles

Andre Luiz veio completar a nossa felicidade!

Antes  mesmo de nascer, caso fosse menino,estava certo que ele receberia esse nome.Quando meu mundo desmoronou com a morte de minha mãe, foi no livro RESPOSTAS DA VIDA, que me encontrei.Esse livro

Com a chegada de Andre Luiz, a cidade ficou em reboliço.Todos queriam ve-lo afinal de contas toda a cidade esteve grávida comigo.No mesmo dia o Dr Nodir ao passar pela minha casa quando ia ao Posto que ficava na minha rua entrou para examina-la Foi enviado um telegrama para meu pai avisando que .Andre Luiz havia nascido.No outro dia ele chega trazendo um lindo vestidinho rosa,sapatinho e chapéu combinando,pois acreditava que seria uma menina,e eu havia enganado-o.

Ele só acreditou que era um menino quando a pedido dele tirei a roupa do bebe.Por muito tempo guardei esse conjuntinho e meu pai foi por muito tempo azucrinado.Papai queria tanto que fosse outro menino pois sabia que receberia tambem seu sobrenome, que para não se decepcionar preferiu crer que seria menina.

Com a mudança do dia,Andre Luiz vem ao mundo!

O dia 7 de Novembro amanheceu radiante.Fui para a escola como sempre,só que mais feliz do que nunca, a Isabel que ia por perto da escola me deu carona.
O tamanho  da barriga me incomodava,ainda bem que o calor em Apiai nada mais era do que o outono aqui.
Jesus uma amiga vinha dizendo que eu não ia dar a luz mas sim explodir.O diretor queria que eu tirasse licença,
mas eu queria tirar a licença maternidade depois do nascimento.
Depois da aula fiz compras e terminei algumas peças do enxoval,a noite fui dar aula, mas o mais interessante é  que me atrasei e para ganhar tempo fui de carro,o que era raro eu fazer,pois a escola era bem perto de casa.
A aula correu normalmente até que nos ultimos minutos da aula eu estava na lousa resolvendo com uma aluna
um problema com equação do segundo grau, quando senti a barriga muito pesada, sentei e aí tudo aconteceu.
A bolsa estourou,como a aula estava no fim disse que continuarimos na próxima aula.Pedi que uma das alunas pedisse que a diretora viesse falar comigo.
Imediamente ela chegou, e me ajudou a chegar até o carro.
Chegando em casa tirei meu marido da cama onde ele já dormia, preparei a cama, separei todo material para o parto,separei as roupinhas que eu queria colocar e pedi ao meu marido que procurasse a parteira caso
fosse necessário,mas ele muito esperto correu chama-la.
Quando ela chegou na porta do quarto meu homenzinho acabava de nascer!Era bem moreninho,pesando 4k,
mas aparentava menos.Depois de limpo ele foi fazer sua primeira visita,foi conhecer seu irmão Ulisses que o
aguardava a nove meses!.

Nos primeiros meses de 72 recebi uma notícia maravilhosa!

A nossa vida, regada por trabalhos, passeios, e muita alegria foi premiada nos primeiros meses do ano de1972, com uma notícia maravilhosa: nossa família ia aumentar! Todos receberam a noticia com muita animação,o Ulisses vibrou de alegria. 


Diferente do meu primeiro filho,essa gravidez foi muito aceita até pelos amigos.No segundo mês tive uma erupção,que segundo o médico me daria o direito de fazer aborto, mas como acredito que tudo que recebemos são bênçãos disse que tudo daria certo,que filho seria amado,independente de como fosse.
A gravidez correu normal, só que o bebe demorou para se mexer,e daí em diante ele pouco mexeu,quando ele nasceu eu entendi o porque. Ele guardou toda sua energia, porque tão logo nascesse não pararia mais,sempre foi iperativo.
Como eu era muito conhecida na cidade e por ela ser muito pequena todas as pessoas públicas tomaram conhecimento do acontecido e comigo esperaram meu bebe,torcendo para tudo terminasse bem.
Em meados desse ano resolvemos trocar de carro, e meu fusca diamante foi vendido e como não havia
carro para pronta entrega ficamos sem carro.
A escola ficava em um lado da cidade e eu morava no outro extremo,para chegar até lá eu seguia a pé, atravessando todo o centro da cidade.
Como eu sempre engordei muito, tão logo eu chegava na rua principal, alguém me aguardava para me levar
até a escola.É por isso e muito mais que essa cidade mora no coração da minha família
A noite eu lecionava para adultos em uma escola bem próxima da minha casa, mas mesmo assim todo dia  um aluno passava me pegar.
Por mais que eu agradeça, nunca vou agradecer o suficiente tudo que os apiaense me fizeram!

A Ana Maria esteve presente em todos os momentos de nossas vidas!

fabrica de cimento

Quando mudei para Apiai, meu marido permaneceu em Cerqueira César,pois tinha compromisso com o Sindicato Rural da cidade.
Como eu levei o carro, de quinze em quinze dias vinha ter com ele.
Tão logo ele resolveu a pendência, veio para casa.
Em pouco tempo estava trabalhando na Camargo Correa que construia na cidade uma fábrica de cimento.
A Ana Maria nos acompanhava em todas as viagens.
Depois de um tempo meu marido foi trabalhar em Pariqueraçú,na mesma firma.Era bem próximo de casa, mas devido as serras o acesso
era complicado, ele ficava a semana toda lá ,só no final do sábado, quando nos iamos busca-lo
Para meus filhos essa viagem era uma grande aventura, pois a estrada era um lamaçal só. Varias vezes a Ana nos acompanhou.
Eu dava aula até meio dia e depois partíamos para pegar o pai de meus filhos. Quando a estrda estava barrenta, o fusca subia a serra dançando
e muitas vezes eu fiquei na direção e cabia a ele empurrar o carro para tirar  atoleiro.A mais engraçada das viagem foi a que na subida da serra
tinha tanto barro que precisei subir de ré.Eles subiueiram a pé.Quando eu cheguei no topo, tinha uma placa ESTRADA ENTERDITADA. Nessa
hora caímos na risada.
Meus filhos chegaram a conclusão que nada poderia nos  segurar!!!!!!!!!!!!!!!

Como me tornei uma professora diferente

Desde que ingressei em cada escola que passei deixei minha marca bem marcada.
Tudo ,que fiz na minha vida, procurei fazer com amor ,dedicação e com uma meta: ser a melhor. Se consegui, não sei, mas pelo menos fiz tudo para isso
Todo meu trabalho foi pautado em 5 itens:conhecer quem eu ia ensinar,conhecer seus pais e o local de moradia Usar seus pais no processo de aprendizagem,trazendo-os para a escola,trabalhar sempre que possível com a realidade,ensinar desenvolvendo atividades,usar todo meio de comunicação a favor da aprendizagem.
Foi por isso que sempre visitei meus alunos,seus pais eram livres para vir assistir as aulas,fizemos muitas excursões, montamos exposições,lemos revistas e jornais,assistimos televisão,ouvimos rádio, fizemos bolo,compras enfim aprendemos fazendo.
Tudo isso foi possível porque tão logo se se formou a Ana Maria veio lecionar em Apiai ,morando periodicamente conosco.
Tão logo ela se estabelisou trouxe sua mãe e irmão para morar em Apiai, de início em casa alugada e depois em sua casa própria,
Na próxima postagem quero contar-lhes a odisséia que foi a sua mudança.Esse é um capítulo a parte da minha tão agitada vida.
A vinda da vó Cinira, já cega,e do tio Carlos era tudo que eu precisava para dar aos meus filhos uma boa educação com a ajuda deles.

Nada é para sempre, até o que nós gostamos!

Lecionar em Araçaíba me dava muito prazer e realização, mas precisamos procurar sempre o melhor ;.Tive a oportunidade ;me livrar da estrada que oferecia perigo,removendo para uma escola em Apiaí.Foi com tristeza
que deixei aquela escola que havia me conquistado,mas continuei com as amizades que lá fiz.
Com o fim do ano letivo,  findava tambem a minha brilhante participação no quadro de professores  da escola  Prof. Ambrozina de Oliveira Mattos em Araçaíba.
Vim por remoção para a escola Prof. Regina Dias Antunes da Silva.
O prédio era novo e muito prático, como se ve na foto ao lado.
Havia dois níveis de contrução.O acesso a escola era por uma larga escada, pois ficava a cima do nível da rua.
No primeiro piso da direita para a esquerda ficava a administração, pátio de entrada,banheiros,pátio interno,cozinha, sala de refeição, e duas salas de aula
No segundo piso havia um pátio,várias salas de aula,no terceiro piso havia banheiros e salas de aulas.O gramado que cercava toda a escola era uma beleza a parte
O corpo doscente, discente da escola eram ótimos, e na diretoria estava o irmão da patrona.Sua esposa tambem lecionava nessa escola. Era de verdade uma escola familiar.Adorei ficar por quase seis anos ali.

Os pais dos alunos, pessoas simples,me conquistaram!

Apos a aula, eu que havia observado que os  alunos haviam trazido marmita para comer na hora da merenda,decidi propor ao diretor que fizemos uma boa sopa para o recreio,e como eu tinha experiencia me

propus para faze-la.

Como no dia seguinte teríamos reunião de pais,para apresentar os novos professores, ele pediu que eu colocasse aos pais minha sugestão. Eu fiquei com a impressão que o diretor, que tambem era novo na escola,deu uma de Poncio Pilatos.Ainda bem que ele não sabia com quem estava lidando!

Na volta para casa fiz questão de levar os alunos que tinha dado carona, até suas casas.Fiquei boquiaberta

com  que vi.Em todas as casas que passei vi abundancia de frutas e legumes,casas simples mais limpas.

Na volta vim me deleitando com o verde da mata, o ruído da agua caindo das cascatas formadas pelo desnive do terreno, o cheiro de mato.....................................................................................................

Antes das 7 h eu já estava chegando na escola.Havia bastante pais aguardando o início da reunião.

Como boa italiana, fui logo procurando conhece-los e quando os outros chegaram eu batia um papo com eles

Apos as apresentações, eu coloquei aos pais minha idéia e todos se prontificaram em ajudar, pois adoraram minha iniciativa. Um pai na hora da reunião, quando o diretor pediu que eu explicasse, um pai gritou ESSA É DAS NOSSAS!

Fui para casa com uma responsabilidade a mais.

No outro dia na escola havia legumes,frutas,carne de frango.macarrão, feijão,arroz que dava para cozinhar para um batalhão. A partir desse dia os alunos tiveram almoço bem variado.

Sou professora efetiva, tenho oficialmente uma classe!

Com o mês de Fevereiro chega também a minha posse na escola.No primeiro dia de aula, já levei comigo uma outra professora, que iria lecionar na escola.Ela havia ido conhecer a escola e ficado horrorizada
Para quem, como eu, gosta da natureza a viagem era um colírio para os olhos, para aquele que só vê beleza em construções feitas pelo homem,é um terror.

Subindo a serra e se contorcendo pelas curvas ou descendo como se fosse minhoca, chegamos na Escola
"PROF. AMBROZINA DE OLIVEIRA MATTOS. Antes de chegar encontramos alunos subindo a serra. Parei e dei carona a todos.Foi uma grande emoção encontrar os alunos agrupados, de olhinhos brilhando,temendo as novas professoras e mais ainda uma que vinha dirigindo Naquela época raríssimas mulheres dirigiam. Fui a segunda em Apiai, a outra só andava na cidade.Apesar do medo do desconhecido as crianças nos receberam cantando.Elas foram ensaiadas pela filha da Ambrozina, que morava e lecionava ali
A escola funcionava em dois prédios:uma casa antiga,onde ficava a diretoria,cozinha e duas salas de aula e outro prédio ao lado com dois andares e mais salas de aula.Eu fui lecionar na parte de .cima.
e a história continua.......................................................................................................................................

Araçaiba aí vou eu!

No dia 22 de Janeiro de 1970, eu e meu filho nos mudamos para Apiaí, Chegando foi um sufoco, meus moveis, principalmente os guarda roupas eram coloniais e não desmontáveis,e o corredor da casa era estreito e eles não passaram, tive que ficar um bom tempo sem eles,até que recebi meu salário e pude adquirir móveis novos. A casa era pequena, mas muito bonita e muito bem construída. O terrena da o era pequeno,a casa era construída na beira da rua, sem o recuo, tinha um corredor ao lado da entrada sala,cujo acesso era feito por uma escada e no fundo havia um paredão de pedras, separando da casa paroquial que fazia fundo com minha casa, só que em níveis diferentes. A casa ficava na esquina das ruas 7 de Setembro e travessa Duarte, onde ficava a sua frente. A rua 7 era uma grande ladeira, e olhando-se para a parte alta via-se o majestoso morro do ouro.Na travessa havia  3 casas de cada lado e o seu termino era em um bosque lindo.Esse era o lugar ideal para educar meu filho, cercado  pela natureza!Mais tarde dando entrada pela rua 7 fiz uma garagem e encostado com o paredão de pedras, eu fiz  um canil para colocar meus amigos de 4 patas.

Depois de acomodada na nova casa, fui conhecer melhor a minha escola em Araçaíba.
O povoado se era pequeno em tamanho, nos conquistava pela alegria,atenção e respeito com que recebia as pessoas A sua população era composta por agricultores que valorizavam o trabalho dos professores.
O difícil só era se locomover pelos 12 km que a  separava  de Apiaí. Subia e se descia fazendo curvas,e quando chovia o carro dançava mais do que dançarina de aché.
Apiai  tinha uma praça que homenageava o homem que chegou a lua e  a  bíblia.Era a Praça da Bíblia.