16 de nov. de 2012

Sonâmbula

Minha família não tem ideia  de quando o problema começou,mas por um bom tempo fui sonambula.
Todos os médicos possíveis me consultaram.Todos os tratamentos foram feitos mas nada de eu sarar.
Não era todo dia que eu andava dormindo.Nunca se chegou a que me fazia andar dormindo´.
Quando mudamos para a rua Stélio Machado  Loureiro eu comecei a sair de casa e ir para a rua.
Como o quarto de minha avó Bárbara ficava do lado do meu ,era ela que acordava quando eu levantava.
Minha mãe passou  a  exigir que eu dormisse com camisola discreta e longa.Vovó tinha sempre a mão um robe que era jogado sobre minhas costas,quando eu saia.
Por mais que minha mãe escondesse a chave da porta eu conseguia achar,abrir a porta e sair pela rua.
Após a morte de minha avó Bárbara o problema se agravou e eu passei a andar quase todas as noites.
A pesar  de sair, ao acordar em minha cama,onde minha mãe havia me colocado  eu nunca me lembrava de nada ,muito menos do que sonhara.
Eu já tinha mais de 16 anos, quando em uma noite que chovia muito,eu sai.Minha mãe contava que mesmo levando um guarda chuva para me proteger eu estava toda  molhada e mamãe também,pois a chuva era muito forte .
De repente eu acordo apavorada,recebendo toda a água de um cano que saia da casa da Ondina.
Mamãe me abraça tentando me acalmar e aos prantos ela me leva até casa.
Eu tremia enquanto contava para meus pais que estava fugindo de umas pessoas sinistras,todas de preto,que soltavam faiscas pelos dedos.
Essa foi a última vez que sai dormindo,mas até hoje é comum eu acordar  sentada na cama e as vezes até falando com alguém!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1

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