27 de ago. de 2012

A ajuda

Quando mudamos para a rua Stélio Machado Loureiro, minha família vinha passando por uma fase terrível.
Papai havia vendido duas fazendas e colocado o dinheiro em um banco,mas este faliu e ficamos a "ver navios".
Papai vendeu o bar restaurante e mudamos para a casa da vovó Bárbara.Usando seus conhecimentos de madeira,papai foi trabalhar em uma serraria da família  Gerdulo.
Bem próximo da minha casa havia uma Delegacia de Polícia e eu logo fiz amizade com um dos soldados,o Antonio Fiorini,um rapaz que logo se apaixonou pela comida da minha mãe.
Eu passei a levar marmita para ele todos os dias,mas logo todos estavam comendo a  comida da minha mãe,passaram até a comprar para os presos.
Todos gostavam muito de mim e o Delegado vendo meu amor pelos os estudos,passou a trazer de sua casa enciclopédias,livros e revistas para que eu lesse ou fizesse pesquisas.
Trago registrada na minha mente o rosto bonito,risonho,mas muito enérgico daquele delegado,que muito contribuiu  para aumentar minha cultura,mas o AVC varreu seu nome de minha mente.
Quando o Delegado trouxe sua esposa para me conhecer,mamãe fez questão de preparar um almoço especial para ela,servindo o que ela mais gostava frango assado,recheado de farofa.Foi uma festa para todos que muito nos ajudaram a passar pelas dificuldades.

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