Na roça nós comíamos, no geral, só o que plantávamos .Se plantava de tudo para consumo de nossa família e dos colonos,que residiam no sítio.Alem de plantar tinham ,principalmente os grãos que ser beneficiados,aí entrava em ação o monjolo do qual falei ontem. Tudo era feito no próprio sítio.
Aos poucos irei relatando como tudo acontecia,Hoje quero lhes contar do dia em se combinava fazer as farinhas
O milho era plantado,colhido e bem escolhido.Os homens traziam da roça e levavam até a casinha do monjolo,onde havia uma enorme chapa.Todo o serviço pesado era feito pelos homens ,as mulheres secavam e torravam a farinha,colocando fogo embaixo da chapa.Elas se revesavam no mexer a farinha,precisava mexer constantemente.
Eu não lembro as etapas para se fazer a farinha, lembro que os homens colavam o milho em um saco branco e havia uma água corrente,desviada do rio onde eles eram depositados.Lá eles ficavam dias para depois as mulheres virem fazer a farinha.
A mandioca chegava suja ,era descascada.lavada.As mulheres a ralavam ,punham escorrer num saco branco.Daí elas tiravam o polvilho doce e deixando uns dias, o polvilho azedo.Esse mesmo método era usado para se fazer a fécula de batata doce.
Enquanto as mulheres trabalhavam nós , as crianças brincávamos perto do monjolo.Só corríamos quando sentíamos o cheiro do biju assado!Era uma grande festa.
Nunca mais comi um biju tão saboroso!
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