4 de fev. de 2011

E, agora com que roupa que eu vou!

Quando chegava o sábado, papai recebia o pagamento pela semana de trabalho, passava no Armazém do sr Alfeu ou do Pavão,comprava o que havia de melhor em alimentos, e algumas novidades sem se esquecer do pedaço de queijo parmesão e a lata de goiabada,em seguida passava na Loja  do Simon onde comprava um corte de tecido para minha irmã e eu,e um par de sapato que combinasse com o tecido comprado, Papai era um homem com alma feminina, com muito bom gosto e percepção. Ele sempre trazia o que havia de  mais moderno e que combinasse com a gente.Eu ficava espreitando sua chegada,e quando percebia que vinha subindo a rua ,corria encontra-lo. Era como se a pessoa mais importante do mundo estivesse chegando.Desde o começo, venho afirmando que meu pai foi e sempre será  a grande luz do meu caminho. Sua grandeza de alma o tornava mais que um homem, um ser único e especial.Por várias vezes ouvi minha irmã reclamando,pois ela gostaria de comprar pessoalmente. Para mim isso era uma prova de amor de papai para conosco.Durante a semana mamãe nos levava a costureira para fazer a roupa nova. eu sempre fui muito exigente,punha defeito em tudo que a costureira fazia.Num certo dia ouvi mamãe combinando em ir a costureira, me animei toda e perguntei a que horas iriámos, mas mamãe disse que ela não mais me levaria, já que punha defeito em tudo, deveria fazer as minhas  roupas.Mais uma vez eu teria que vencer um  obstáculo!Como sempre a as dificuldades só me impulsionão No mesmo dia me tranquei no quarto,imaginei como seria o vestido,  desmanchei um vestido velho, cortei de acordo com o modelo idealizado, costurei, arrematei e naquele sábado fui orgulhosa passear com meu vestido novo. Nunca mais ninguém fez minhas roupas!

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