Tínhamos muitos parentes morando no Estado do Paraná e pelo menos uma vez por ano íamos todos visitá-los. Papai fazia questão de comprar passagem na primeira classe.Vovó preparava deliciosas bolachinhas,biscoitinhos e outras delicias para a gente mastigar durante a viagem.
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Mala arrumada,passagem comprada e, lá íamos nós desfrutar da maravilhosa viagem de trem .A alegria começava logo ao entrar no vagão.Papai e mamãe sentavam em um banco, de frente vovó e eu nos acomodávamos.Minha irmã sentava longe ,pois tinha vergonha de ter uma família tão caipira.O que eu mais gostava na minha família que era a alegria, entrosamento ela taxava de caipira. Papai ia mostrando tudo e como bom cicerone ia explicando tudo.Eu adorava ver e ouvi tudo.Como mamãe detestava local fechado,nos dormíamos nos bancos,pois sempre havia alguns vazio.Mamãe forrava o banco que já era macio,punha travesseiro e uma coberta e nós dormíamos até o sol nascer!Nessa hora minha irmã não tinha vergonha.Era uma delícia comer no restaurante.è lógico que a comida da mamãe era melhor,mas a novidade alegrava nossos corações.Como eu era muito curiosa andava o trem inteiro.
A viagem era uma grande festa!Eu achava bonito as brasinhas que caiam,eu dizia que eram vaga lumes.
Usávamos o trem para visitar parentes em Botucatu,Avaré, ou Bauru.
Já adulta usei o trem para passear,vender minhas telas em bingos,lecionar e ir jogar em Bauru.
Fiz muitas viagem com os meus filhos e procurei fazer como meu pai,ia explicando tudo para eles.
Como comigo ,o restaurante deixou meus filhos animadíssimos.!
Eu não entendia porque tudo parecia andar, menos nós, quando na verdade éramos nos que andávamos
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