Que saudades das nossas e excursões!

Há  quase 30 anos não havia grupos de turismo e nem tão pouco excursões Para a praia.Eram as famílias que se reuniam.organizavam as excursões,contratavam o ônibus.Cada pessoa levava alimentos para repartir com todos.Os homens costumavam levar bebidas.
Certa vez tive a honra de receber o convite de uma família para participar de uma dessas viagens até Santos.Os meus filhos ficaram animalíssimos,pois seus amigos iriam.Decidi ir,tudo foi preparado com antecedência.
Pediram  que eu levasse lanches e algum doce.Alem disso eu levei frutas,bolachas,petiscos para meus filhos.
Na mala ia roupas para se trocar.No geral as pessoas já iam com a roupa de banho por baixo das vestimentas para não perder tempo e aproveitar o máximo a praia.Nos levamos as roupas de banho na mala.
No dia marcado saímos nas primeiras horas do dia.Nos reunimos na casa de um dos amigos de meus filhos.
Todos ansiosos e  alguns mais ainda pois iriam ver o mar pela primeira vez.
Quando o ônibus chegou foi uma gritaria só,se esquecendo que o resto da cidade estava dormindo!
Barulhentamente,todos tomaram seus lugares,mas foi difícil se pegar no sono,pois a ansiedade de ver o mar era muito grande.Os homens começaram a tomar caipirinha logo que tomaram seus lugares.
Enquanto os homens bebiam e jogavam, as mulheres tentavam dormir e os jovens se divertiam mexendo  com os carros que passavam por nós.
A viagem era longa,diferente do que é hoje.
Quando faltavam umas 2 horas para a chegada,tomamos um lanche leve.
Parecia até que eu estava com meus tios, primos,pois os pratos passavam de mão em mão até o prato ficar vazio.
Ainda escuro chegamos à praia.
Aqueles que nunca estiveram na praia,num primeiro momento ficaram assustados com a imensidão do mar!Aos poucos foram se familiarizando com o mar e a areia fofa .
Todos se jogaram ao mar,sem se importar com sua grandeza.!

A Escola da Reforma Agraria

Ao me remover de Apiai,me deixei levar pela intuição e indiquei a Escola do Bairro Capivari,da qual eu nada sabia.Essa escola ficava no Bairro Reforma Agrária em Valinhos,apesar do nome.
Ela ficava no Condomínio,pra onde eu mudei.Era uma escola que atendia os filhos dos chacareiros  seus meeiros e o ginásio atendia outros Bairros próximos.
Tinha um corpo docente comprometido com a comunidade,a ligação com os pais era tanta,que bastava a surgir um problema que todos se faziam presente.A escola progredia a olhos vistos.
Ela era famosa pelas suas festas,que atraía gente até de outras cidades.Tudo que era arrecadado aplicava-se na própria escola.
Nessas festas os alunos se apresentavam mostrando seus dotes artísticos ,agradando os seus pais, que apesar de incultos adoravam a cultura e não queriam para os filhos a mesma sorte deles.
Tínhamos  o prazer de  receber em nossas festas autoridades da educação,e do município.
O pátio da escola se transformava em um salão de festas com suas barracas,gaiola para a prisão,onde as meninas mandavam amados.,comidas a valer!.
A festa junina era uma típica festa rural,com fogueira,com o entronamento do santo do dia,com saquinhos enfeitados( com amendoim),sombrinhas decoradas com balas.
Eu sempre lecionei em escolas diferentes,mas a garra dos pais da reforma,eu nunca esqueci.
Logo no segundo ano na escola com a morte de Edina Bampa da Fonseca,uma professora que amava o que fazia pudemos dar a essa escola o nome que ela merecia,de uma de suas professoras.
Infelizmente para o bem de meus filhos eu tive que me remover para a cidade,mas lá deixei grandes amigos,compadres e afilhados e a semente que lá deixei;amor pelos alunos!!!!!!!!!

Por 4 anos morei na Reforma Agrária !

,O Bairro Reforma Agrária,distante uns 15km do centro de Valinhos é a única reforma agrária que deu certo no Estado de São Paulo.Era um cidade de chácaras.
Foi uma obra do tão esquecido governador Carvalho Pinto, com o então Secretário da Agricultura José Bonifácio Coutinho Nogueira
Era uma fazenda improdutiva e  com muitas dívidas,e esses dois homens tiveram a coragem e a ousadia de dividir em lotes e entrega a agricultores que não possuíam terra,talvés advenha daí o sucesso do empreendimento.
Antes da entrega cada terreno recebeu  infra estrutura:casa com 2ou 3 dormitórios,saneamento básico (agua encanada,esgoto).e até escola.

Na área central foi construído o Condomínio que era área de uso comum,onde ficava o escritório,açougue,bar,e o depósito do maquinário que era utilizado por todos em regime de rodízio,algumas casas que poderiam ser usada pelos chacareiros se necessário.
Havia uma administração eleita,que se encarregava de cuidar de tudo.Seu José era o empregado que mantinha tudo limpo e bem cuidado,era também o guardião da Reserva Florestal que ali havia.
Alem de distribuir a correspondencia era também tendente do telefone comunitário.
Hoje muito se fala em distribuição de terra, mas se dá a terra sem oferecer condições do homem cuidar.
Várias famílias de antigos imigrantes,se enriqueceram plantando frutas na Reforma .
Italianos,japoneses se uniram e fizeram do pedaço de terra que receberam o maior produtor de figo roxo (que dá o título a cidade),uva,mais tarde goiaba,maçã,moranguinhos............
Porque as nossas autoridades não  se espelham nessa Reforma Agrária??????????

Meu filho teve choque anafilático!

Com o meu filho desmaiado corri para o hospital de Valinhos.Lá chegando devido a gravidade, fui atendida rapidamente e se constatou que tivera choque anafilático,devido ao excesso de anticorpos.
Meu filho não estava desmaiado,mas sim em coma.Foi uma das piores notícias que recebi na vida.Por 2 dias o horror continuou e aos pouco ele foi retornando a vida!
Vendo meu filho inerte em uma cama, sobrevivendo atravez de aparelhos como se uma máquina tivesse sugado sua vida e só restando um físico ,eu que acredito na vida eterna entendi perfeitamente a dor que levou minha mãe a loucura e depois ,crendo que fora responsável pele morte do filho ao voto de pobreza.
Aquela boquinha que tanto sorria e distribuía beijos estava fechada,sem som ou movimento.
Seus bracinhos que tanto abraçavam permanecia parado,sem vida.
Enquanto eu sofri no hospital na escola uma corrente era formada pela recuperação de meu filho.Cada um na sua crença da maneira que acreditava pedia pela sua saúde:os católicos celebraram missa,os espíritas invocaram o médicos do espaço,os protestantes fizeram cultos.
Atravez de tratamento especializado e muito carinho  e muita oração meu anjinho voltou a sorrir e iluminar com suas graças a nossa vida .
Isso aconteceu em 1976 e a partir daí nunca  mais vacinei meus filhos!!!!!!!!

Que susto!!

Quando mudei para a Reforma Agrária, meu filho mais novo tinha 4 anos,era esperto como ele só.Como havia muitas crianças nessa  faixa   etária, a direção da escola viu por bem pedir a formação de nova sala para atender a demanda  meu filho foi,o nome  de meu filho  foi o primeiro que a diretora colocou.
A sala foi formada e André Luiz foi para a escola.A sala era formada em sua maioria de filhos de meeiros,que não tinha contacto com escolas.
Como filho adorava brincar de escola enquanto eu preparava a aula ou corrigia algumas atividade,a aula foi fichinha para ele,e aí começou a aparecer o problema.Como ele executava as atividades rapidamente passava a atrapalhar os colegas que tinham muito mais dificuldades na sua execução.A diretora achou uma saída: como eu morava a alguns metros da escola,logo que terminava a tarefa, ele podia ir até em casa para comer,ir ao banheiro,brincar com os cães.E assim passou a acontecer.
Em uma quinta feira como eu tinha que vir a cidade,trouxe meus filhos para acertar a carteirinha de vacinação. Entre as vacinas que eles tomaram estava a anti-tetânico.
Voltamos com tempo de se ir a escola.Eu estava dispensada pois tinha ido a uma reunião na DE.Preparei meus filhos e os mandei para a aula.
Nesse dia p posto de saúde se fez presente na escola para aplicar vacina em criança menor de 6 anos.AS crianças começaram a chorar e André Luiz demonstrando coragem foi o primeiro da fila dizendo que não doía nada e até já tinha tomado uma no médico.Ninguém atentou para o que ele disse,só elogiou sua coragem!O rolo estava formado ele que algumas horas antes já havia tomado a vacina,voltou a tomá-la.
Um pouco antes  da hora do recreio meu filho avisou que ia em casa,como sempre que terminava a tarefa ele saiu, a professora nem se preocupou´.
Minha casa ficava distante da rua uns 50m e para chegar nela tinha que descer uma escada que ficava do lado de um barranco.Ao chegar nele meu filho grita:MÃE  MINHA BARRIGA  ESTÁ DOENDO!Corro pegá-lo e  ele cai no meu colo desmaiado!!!!!

O dia em que a chuva me pegou!

Certo dia sai para a aula no meu sagrado fusca,levando a vontade grande de dar uma ótima aula.
O tempo estava esquisito,um sol muito forte logo cedo,um ar pesado que chegava a dar melancolia como se estivesse para  chover,mas o céu estava limpo.
Fui a escola ,dei aula e quando estávamos para sair,faltando pouco para o sinal de saída,ela chegou.
De repente tudo ficou escuro e podia se ouvir o barulho que se aproximava.Começaram os trovões e os relâmpagos cortavam o céu em todos os sentidos .Parecia o"juízo final".Todos ficaram apavorados!Parecia que o céu desabara.A chuva era tão forte que não se via nada.a!m
A agua começou a entrar nas salas de aula,as crianças choravam.O pior era que as salas ficavam umas isoladas das outras, pois ficavam do em um corredor,só se ligando pelo corredor que estava dominado pela chuva!
Com muito jeito consegui acalmar os alunos,fazendo-os cantarem músicas de chuva.O horário de saída não pode ser respeitado pois nem energia elétrica havia
Aos poucos assim como ela chegou,foi embora!Quando saimos das salas pudemos ver os estragos.
As telhas da garagem dos professores haviam espalhadas por todo o pátio.
Os pais chegaram para pegar os seus filhos.Depois de todos entregues,chegou a hora de voltarmos para casa.
A estrada era um barro só!Para meu fusca isso não era problema,mas para minhas amigas foi um sufoco!
Chegando próximo a ligação com a estrada principal,tivemos um surpresa desagradável: toda a pista estava tomada pela água!
Saí do carro ,andei pela água e vi que seria possível passar.Entrei no fusca,engatei a marcha e acelerei.
A água invadiu o carro,mas consegui passar,mas infelizmente minhas amigas não conseguiram e eu nem pudia
voltar para ajudá-las.!!!!!!!!!

Recebi como castigo,mas tratei como desafio!

Com  eu estava em final de carreira,prestes a me aposentar,quis fazer uso de um direito que possuía :trabalhar 5 anos com carga total(44h) para poder se aposentar com essa carga, o que me daria 100% de aumento.
Após a opção,escolhi na DE minha segunda classe na escola Alves Aranha,no centro de Valinhos.Eu sabia que a vaga era para o período da tarde.
No dia da escolha da classe na minha escola,eu teria que escolher uma classe no período da manhã.
Minha diretora,aquela das ausências e do bronzeado,naturalmente já sabia da escolha que eu teria que fazer,e soube manobrar muito bem.
Chegando na escola a encontrei toda radiante,como se tivesse tido uma grande vitória.Nessa hora eu tive a certeza que minha nova classe seria uma BOMBA!
Na hora da escolha ela manobrou para que me fosse atribuída a primeira série.Para mim seria bastante trabalhosa,pois tinha 45 alunos.Segundo a diretora só poderia desmembrar essa classe se houvesse 60 alunos.
Realmente essa era a ordem da DE,mas ao começar a aula sua manobra apareceu,havia 9 transferencias e mais 8 pedidos que ela havia negado por falta de vaga.Daria para fazer  duas classes.
A diretora quis me castigar, mas eu recebi como um desafio!
Os alunos eram carentes,sem condições de comprar o material.Passei a percorrer o bairro visitando as pessoas de posse,pedindo o material necessário.
A sala de aula era pequena para tantos alunos,e eu passei a trabalhar fora da escola,muitas vezes andando pelas estradas ou sentada debaixo de uma árvore.
O ano chega ao final e eu tenho 54 alunos lendo ,escrevendo,calculando e conhecendo todo o conteúdo da série.
Minha maior vitória foi ter meus alunos avaliados,ao meu pedido,pela DE e todos serem considerados aptos!!!!!.

Na época de ótimos educadores,havia também..............

Da escola da reforma,vim para um bairro bem perto de minha casa,era uns 3ou 4 km de distancia.A escola era pequena com poucas salas e poucos professores.
Para lá tinha ido uma diretora recem concursada.Eu que estava acostumada com a presença e constante assistência do diretor estranhei a ausência de direção nessa escola.Ela quase nunca vinha,alegando que estava na Delegacia de Ensino.Ela não parava  nem meia hora na escola.
Éramos nós, os professores que tomávamos as decisões,devido sua ausência.
No final do ano foi instituído o cargo de Coordenadora de Saúde ,que só poderia ser um professor efetivo e os colegas me elegeram.
Logo notei que ela ficou incomodada,mas nada disse.
Passei a ter que ir a DE  com muita freguencia.Numa de minhas idas,quando já saia,fui abordada pela funcionária da expedição.Ela queria que eu levasse a minha  escola um monte de documentos que a um bom tempo esperavam para ser retirados pela diretora,havendo inclusive documentos cuja devolução já havia passado da data. .Comprova-se minha tese que nossa diretora não vinha a DE,mas sim ia ao clube para manter seu bronzeado
Eu sem relutar trouxe os documentos até a escola e os coloquei sobre sua mesa,pois como sempre ela estava ausente.Acredito que ela entendeu  que eu havia descoberto suas mentiras.
A partir dessa data nenhum documento deixou de ser retirado na data certa.Não é que ela deixou de se ausentar,só mudou de estratégia:passou a ligar para a DE e quando tinha documentos ela  passava pega-los e após o clube levava a escola.Foi a funcionária da expedição que me disse que ela passou a ligar.
E a escola continuou abandona as moscas,sem direção presente,mas o bronzeado da mulher era uma coisa de louco!!!!!!!!

Voltando da Reforma Agrária ,bati meu carro!

Era meu ultimo dia na Escola da Reforma Agrária,após a festa de despedida regado a muito choro,fui me despedir de alguns amigos:família Scabelo,Camillote,Brito,Strabello e muitas outras.Meu carro estava cheio.
Eu estava trazendo meus 2 gatos que havia ficado lá e um monte de presentes.Vinha ainda litros de leite que eu havia ganho para fazer queijo e frutas,muitas frutas.
Eu estava nervosa por deixar uma escola onde fui muito feliz e valorizada.Os amigos que lá fiz, poderia vê-los sempre que quisesse,pois estariam perto de mim.
Ao fazer a curva dos eucaliptos as,meus olhos se encheram de lágrimas pois estava deixando para traz uma bela fase da minha carreira.
Vim pela estrada saboreando cada curva,cada árvore do caminho,cada entrada de chácara como se despedisse delas.Eu conhecia cada detalhe da estrada,cada planta,cada flor,cada estradinha,cada habitante da estrada.
A estrada era muito diferente de hoje,não havia asfalto e a lama era nossa companheira,havendo trecho em que precisávamos passar bem pela  lateral.Era o mês de Dezembro,época em que aqui chove muito e a estrada além da lama tinha muitos buracos.
Tudo vinha bem,os gatos dormiam ,meus presentes estavam bem acomodados.Eu esta me aproximando da Clark e por conseguinte do posto Saci.Era a ultima curva antes da Clark.
Entro nela e de repente meu carro não me obedece mais,freira seria perigoso devido a lama,eu poderia capotar.
Diminuo a velocidade sem por o pé na embreagem,o que também é perigoso ,mas ele continuava me levando para uma enorme valeta coberta por matos ao lado da estrada.Tudo foi muito rápido e quando dei por mim já havia caído na valeta.O carro estava todo amassado e eu toda machucada, com fortes dores no braço.
Alguém me socorre,fecha o carro para os gatos não escaparem,e com ajuda de funcionários da Clark tiram o carro do buraco.
Imagem só, meu carro havia saído da revisão no dia anterior e não haviam percebido que a vareta da direção estava se rompendo!!!!O que tem que acontecer fatalmente acontecerá!!!!!!!!!!!

Meu cabelo era o xodó de vovó e mamãe!

Minha mãe sempre soube ser lúcida em relação ao amor por suas filhas, conhecendo as qualidades e os defeitos de cada uma.Era notório que minha irmã era muito mais bonita que eu,que era grande ,desajeitada,mas eu ,segundo minha mãe tinha sido abençoada com um corpão de violão,lindos olhos grandes cor violeta e o mais belo cabelo que ela já vira.
Desde pequena fui trenada a ressaltar o que tinha de mais bonito,enquanto que minha irmã cresceu confiante que com sua beleza conquistaria tudo.
Aos nove anos já era  maior que minha irmã.Por ser menos confiante na beleza física me preocupei em cuidar da minha essencia. Estudei muito,virei rato de biblioteca,adorava ler,e assim me  tornei linda por dentro.

Aos doze anos era considerada uma linda moça,com quem todos queriam estar.
Emoldurando meu rosto com pele clarinha,eu sempre tive um enorme cabelão loiro avermelalhado.
Minha avó Bárbara,dizia que eu era a única que possuia o cabelo da família State,e por isso ajudava mamãe a manter meu cabelo sempre bonito.
Houve uma época em que elas passavam meu cabelo a ferro,não antes de passar uma mistura que vovó inventara para proteger meu cabelo.
As vezes prendiam  meu cabelo bem longo de uma maneira que todos acreditavam que eu tinha cortado.
Quando vovó partiu  para alem da vida,mamãe continuou a cuidar do meu cabelo,mas quando ela partiu e eu me vi só com aquele imenso cabelo,minha primeira atitude foi corta-lo!!!!!!

Relembrando o 8/11/1972

Por 9 meses, Apiai me acompanhou na a minha gravidez!Enquanto minha barriga crescia,na mesma proporção crescia o amor ,de todos,por aquele serzinho que no momento era só meu!
Como eu ia a pé até a escola, que ficava do outro lado da cidade,todos me acompanhavam com o olhar.Eu sentia o afeto de todos pelo meu filho ou filha.
Naquela época os exames que hoje são comuns,estavam sediados nos grandes centros e como estávamos em uma pequena cidade não tínhamos esses exames.
Nem mesmo o sexo do bebe eu sabia Uma coisa era certa ,era um bebe muito esperado e já amado mesmo,não sabendo se seria ele ou ela.
Foi no 8/11/1972,nas primeiras horas que aquele menininho alegre chegou em minha vida!Nele se aplica o que se diz dos baianos:ele não nasceu estreou!
Sua alegria de viver estava estampada no sorriso largo que ele mantinha nos lábios!
Esperto,amoroso, sabia manobrar a todos para que fizesse suas vontades.
Nem mesmo sua saúde frágil fez com que ficasse triste.
Hoje 40 anos depois vejo que sua alegria de viver continua a mesma,apesar da vida corrida que vive!
É um homem responsável,pai amoroso,marido extremoso se dedica totalmente a família,fazendo deles a razão de sua vida!
Se transformou num filho dedicado,sempre procurando atender as nossas necessidades.
A maturidade fez dele um mocinho que não aparenta a idade que tem.Qualquer pessoa pode dar-lhe qualquer idade menos a sua.
Depois de tanto tempo trascorrido vejo que consegui plantar no seu coração um pouco do que aprendi com meus pais,fazendo dele um homem de bem que sabe amar,respeitar e principalmente valorizar a vida que Deus lhe deu!

Quando eu estudei na UNICAMP!

Houve uma época em que a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo,se preocupava com o ensino nas   escolas .Durante as  férias de de inverno e o término da de verão (Janeiro) promovia cursos de atualizações pedagógica e didática,oferecendo ao professor um auxílio monetário,além da possibilidade de progressão no cargo bem como ótimas oportunidades  de melhorar suas aulas.Havia uma inscrição de todo os inscritos eram classificados de acordo com seus pontos .
Como sempre estudei ,tinha muitos pontos e assim pude fazer todos os cursos oferecidos.Todas as férias lá ia eu meu fusca cheio de professoras para frequentar  as aulas.
Nessa época eram poucas as mulheres que dirigiam ou tinham carro,e eu como nunca fui egoísta levava minhas amigas para a UNICAMP,local dos cursos,sem nada receber.
Saiamos 7h da manhã,pois tínhamos que pegar a rodovia D.Pedro,seguir por 49 Km,até chegar na faculdade.Hoje essa distancia caiu para 22,usando o novo acesso Magalhães Teixeira..
Como nessa época meus filhos estavam de férias,eu pedia a eles que fossem almoçar comigo,na Faculdade.
Nós os participantes do curso tínhamos a alimentação de graça, e eu só pagava para meus .filhos.
A comida era variada,gostosa,e meus filhos adoravam o BANDEIJÂO.As professoras se afeiçoaram aos meus filhos e quando possível pediam para seus filhos virem também.
Fiz cursos fabulosos, ministrado por excelentes mestres.
Dentre os cursos que mais gostei foi a confecção de bonecos gigantes,como  os de Olinda.
No término desse  curso fizemos um Carnaval fora de hora,agitando toda a UNICAMP!
Esses cursos eram uma delícia,pois aprendíamos brincando.Que pena que deles só resta a saudade,pois hoje os professores são esquecidos pelas autoridades e entregue a sua própria sorte!!!!!!!!

Eu já paguei cada mico!!

Ainda continuo a brigar com meus olhos ,quero ler e escrever,mas o danado decidiu tirar férias.Demoro muito pois eles se enchem de lágrimas impedindo.Assim mesmo escrevo um pouquinho por dia, e hoje depois de 3 dias consegui escrever uma história.Aí vai ela:
Logo que comprei meu passat,dona Lourdes e eu fomos ao Carrefour.Compramos alguns produtos,passeamos,fizemos o que mais gostávamos :ver coisas bonitas.
Ao sair fomos tomar um lanche numa lanchonete do mercado.Só então decidimos ir embora.
Nos dirigimos ao estacionamento para pegar meu carro.Primeiro nos dirigimos ao local onde sempre deixava o carro.
Como não encontramos a passa decidimos procurar em todo o estacionamento.
Procura,que procura e nada de achar o carro.Tivemos até a ajuda  dos seguranças.
Até o gerente veio nos ajudar.
Como não foi encontrado,a hipótese de roubo,foi cogitada e  a polícia  foi chamada.
Ate mesmo que  policia chegasse   gerente pediu os documentos do carro para preencher a queixa.
Quando pego o documento levo um susto assim e tudo se explica.Eu não havia vindo de fusca,mas sim de passat.
Foi a maior vergonha!Eu estava procurando um carro que estava na minha casa e não lá.
Fiquei muito chateada e não cansei de pedir desculpas,mas o fato já havia acontecido e por muito tempo amarguei a gozação  dos amigos.

A saga dos Meladinhos continua.........

Hoje meus quíntuplo fazem dois meses.Já não são mais os mesmos, se transformaram em 5 lindos  cachorrinhos peraltas.
A primeira travessura foi destruir a horta,que agora é toda deles,mas ontem o Chiquinho fez uma travessura que me fez perder o fôlego. Ele roubou do meu pé meu chinelo e tive que andar atrás dele por quase uma hora para te-lo de volta.
Todas as pessoas que conhecem os meninos logo se apaixona, eles são sadios,tem alegria no olhar,esperteza,beleza física, são brincalhões e muito cativantes.
O Paulinho continua sendo o maior ,talvez pela sua pelagem,o Zézinho será sem dúvidas o menor.Quem cresceu muito foi o Manézinho,que está quase do tamanho do Pedrinho.

O mais CARISMÁTICO continua sendo o Chiquinho,que tem carinha de pequines.Ele é uma bola de pelos,aprende tudo muito rápido.
Eles já estão em fase de desmame,é comum a mãe  bater neles quando querem mamar.Ela sabe que já não precisam mais do leite dela.
Olhando para eles vejo como se parecem com as crianças no comportamento.Tudo é motivo para brincadeiras! São alegres 24 h por dia e tem um fôlego!
Eles não se separam por nada, onda está um,os outros também vão!
Comprei brinquedinhos para eles, mas não gostaram,preferem as garrafas de plásticos,que jogam de um lado para outro até destruir.
O Zézinho é o mais cri-cri,por qualquer motivo avança nos irmãos!

Meus meladinhos cada um da sua maneira são muito especiais ,não só por peencherem um vazio deixado pela perda de meus cachorros de C.César,mas principalmente por com seus gênios e a maneira de ser,provarem que o que é nosso não pode ser tirado,pois retornam para nosso convívio de uma maneira ou outra!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Porque não vou a cemitérios!

Antes de minha história de hoje,gostaria de contar que venho. melhorando,mas ainda tenho dificuldade ao ler no monitor o que dificulta a minha escrita, mas logo estarei ótima de novo.
Como já lhes contei com a passagem do meu único irmão para alem vida,minha mãe,sentindo-se culpada,ficou perturbada por um bom tempo.Logo que ela saiu dessa fase,no primeiro dia de finados, a família toda foi prestar homenagem aos mortos e em especial ao meu irmão.
A frente do cemitério era tomada por barracas que vendiam desde velas,santos,até as deliciosas casquilhas.
Antes de entrar fui logo pedindo para que meu pai me comprasse.De casquinha mão entrei no cemitério.Cada vez que toco no assunto tenho a mesma sensação daquele dia.De repende tudo ao meu redor desaparece e dos túmulos pressinto vultos,tenho tontura, sinto um cheiro horrível,procuro pelos meus pais mas não vejo nada e nem ninguém;hoje eu revendo o que aconteceu,sinto como se estivesse em uma outra dimensão .Tento gritar mas não tenho voz e, como se alguém tivesse apagado as luzes tudo fica negro como a noite.
Foi um alívio acordar no consultório do Dr Paulo Novais.Desde esse dia primeiro por orientação médica e mais tarde por orientação do maior espírita que Avaré teve no passado, o Guerra.
Hoje não vou por  não acreditar na idolatria da matéria e ter a certeza que no túmulo só resta ossos,que merecem respeito,mas não é meu ente querido,pois a grandeza de meu pai jamais permitiria que uma obra sua se perdesse assim.
Eu pessoalmente exijo ser CREMADA,e minhas cinzas devolvidas a natureza!!!!!!!!!!.