18 de jan. de 2013

Vó Brasilia

Desde que casei,talves por ser loiro de olhos azuis e muito expansiva,nunca fui aceita pela família de meu marido.
Meu sogro era descendente de italianos,mas tinha uma formação completamente diferente da minha família.A minha sogra era uma mulata.
Dentre todos da família só havia uma que logo que me conheceu, se ligou muito em mim.
Era a mãe de minha sogra, uma mulata,quase negra que sempre me tratou bem.
Para ela eu era sua neta branca.Era com muito orgulho que ela me apresentava aos seus conhecidas.
Fazia questão que eu a chamasse de Vó Brasília.
Seu carinho me conquistou e ela foi a única lembrança boa dessa família.
Quando o Ulisses nasceu,loirinho como ele só,ela ficou doida de alegria.
Fazia de tudo para agradar seu bisneto branco.
Vó Brasília não teve uma vida fácil,sofreu muito e trazia no rosto esse sofrimento,mas muito bem enfeitado pelo seu sorriso farto.
Apesar da miséria em que vivia,estava sempre de bem com a vida ,diferente de sua filha que era amarga e carrancuda.
Eu adorava estar com ela,ouvir suas história,dar a ela um pouco de alegria.
Se ela ganhasse uma fruta,deixava de comer para servir a mim e meu filho.

Ela com seu andar lento,arrastando o chinelo,sem ter nada para si foi ,sem dúvida nenhuma, a melhor bisa que meu filho poderia ter!!!!!!!!!!!!!!

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