Aos poucos, usando o material diponível Bárbara e Paschoal, transformam o casebre em uma casa razoável.
Desmanchando os sacos de açúcar, ela faz em crôche cortinas, bicos para as prateleiras, almofadas, colchas alem de roupas para o trabalho. Logo todos tomam conhecimento dos dotes de Bárbara. Rapidamente chega até a patrôa, que imediatamente recruta seus serviços impressionada pela beleza dos trabalhos manuais.
Bárbara passa então a executar peças de decoração para a patrôa. Depois para seus amigos e, em pouco tempo já era famosa pela beleza de suas peças.
Foi fazendo uma blusa para a esposa do dono do cartório de Avaré que ela conseguiu registrar dois de seus filhos: Salvador e Regina, que trinta anos depois viria a ser minha mãe.
Regina era de pequeno porte como seu pai, mas se agiganta pela esperteza, beleza, pelos dotes culinário e artisticos. Logo começou a bordar e costurar.
Não pense que Bárbara só fazia croche ou tricô, junto com seu marido e filhos, tinham ainda as tarefas do cultivo do café. Ela sempre me dizia que os fazendeiros se consideravam donos deles.
Meus avós nada mais eram doque escravos brancos!
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