
O Ulisses mal se alimentou ,só pensando no cachorro ,mas acreditando que ele voltaria se acalmou.
Qualquer latido ele saia correndo achando que era o Yang voltando.
O único lugar que não pudemos procurar foi na serraria que ficava do lado de minha casa,pois estava fechada devido o feriado.
No outro dia logo cedo o dono da serraria me chamou na cerca,escondido do Ulisses e me avisou que ao chegarem encontraram o cachorro morto, com todos os sinais de envenenamento,no quintal da serraria.
Eu então disse que iria com o Ulisses até o lugar onde ele estava,mas que não queria que ele soubesse do envenenamento,pois não queria que meu filho desenvolvesse o ódio.

O reencontro do o Ulisses com o corpo inerte do Yang foi emocionante.Ele o pôs no colo e chorou muito abraçado ao seu pescoço.Todos ali acharam um absurdo eu ter permitido que meu filho visse o seu cachorro morto e eu então explique que um dia isso aconteceu comigo quando eu tinha um pouco mais de três anos.
Meu irmão morreu e não permitiram que eu o visse morto,por muito tempo,enquanto minha família vivia o luto da perda eu esperava meu irmão voltar.Quando ,tempos depois ,decidiram me contar ,minha dor foi muito maior.
Com a ajuda do dono da serraria de seus empregados demos ao Yang,um enterro digno,explicando ao Ulisses que o enterro era do corpo do Yang,pois ele viveria eternamente em nossos corações e em nossa lembrança.Por muito tempo se falou no Yang em minha casa,mas nenhum outro foi adotado em seu lugar.

Para mim Yang foi uma ferramenta de ensino que a faculdade da vida ofereceu ao meu filho!
Quando eu pude tomar novamente as rédeas da minha vida,ao ingressar em Apiaí,voltei a socorrer animais abandonados e Ulisses teve outros cachorros que ele amou muito como a Satânica,o Mico, a Sata,o Bambino.........................
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