30 de jun. de 2012

Ter uma linha telefônica já foi investimento!

Hoje um amigo ligou comunicando seu número de telefone.Ele me contou todo animado que ligou para a companhia tefonica a só dois dias e que hoje já vieram ligar seu telefone.
Isso me trouxe a lembrança da época em que mudei para Valinhos e ter uma linha telefônica era artigo de luxo,pois valia tanto quanto um carro.
Aluga-se telefone como hoje se aluga casas ou apartamento.
Quem quisesse adquirir um telefone precisava fazer através de terceiros pois a companhia não tinha linha disponível.
Na década de oitenta começaramos os serviços de  de ampliação da rede telefônica.Eram homens pendurados nos postes esticando fios, em todo lugar.
Era certa a expansão da rede telefônica em Valinhos.
Certo dia vimos , na avenida  Joaquim Alves   Correa , uma nova loja ,aquela que comerciaria  as linhas telefônicas.
Logo a Folha de Valinhos e outros jornais trouxeram a notícia tão esperada, a partir de tal data os novos telefones seriam vendidos, com um novo prefixo.
Seria um número determinado e seria vendido por ordem de chegada. 
Era uma quinta feira e as primeiras pessoas começaram a formar fila na porta da loja.
A notícia se esparramou e as pessoas interessadas  no primeiro telefone ou que possua dinheiro para aplicar passaram a dormir na fila.Era um ótimo negócio,quer para uso próprio ou para alugar.
Famílias inteira se colocaram na fila.
Na sexta feira a fila já havia saído da Avenida e estava contornando a praça paralela a avenida,foi então que convencida por uma amiga que queria  estar lá,mas queria companhia,lá fui eu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

27 de jun. de 2012

Tudo pelos animais

Quando mudei para Valinhos ,na década de 70, a cidade era composta quase que totalmente por italianos ou descendentes.O povo era hospitaleiro e pela minha origem logo fiz grandes amigos.
Como em todo lugar por onde  passei, logo comecei a socorrer animais abandonados. Minha fama ,como uma pólvora se esparramou rapidamente.Me tornei "a professora dos cachorros"
Como poucas pessoas sabiam onde eu morava, era sempre procurada  na entrada ou saída das aulas.
Por várias vezes fui procurada por "madames"que alegavam que iam mudar e não poderiam levar seus "amados"cães.Diziam que adoravam os cães e que dariam tudo para que eu cuidasse deles,prometiam " rios e fundos"
Chorando diziam que dariam toda a ração,remédios se necessário.
No dia em que levavam os bichinhos para minha casa levavam ração,a caminha deles e nunca mais voltavam,nem mesmo para saber se eles estavam vivos.
Aos poucos descobriram onde eu morava e passaram a levar em caixas e deixar no meu portão,ninhadas inteiras,inclusive a mãe.
O pior aconteceu quando eu instalei telefone em casa.Certa vez ligaram da rodoviária. a meia noite avisando que havia uma cachorrinha dando cria lá e que o administrador pedira para jogar fora.
Lá fui eu com meu fusca azul socorrer mais um animal abandonado.
Era uma cachorra de raça que dava filhotes mestiços.Foi muito fácil 60 dias depois doar todos.
O pior era quando se jogava cachorrinhos recem nascido ,ainda com o cordão umbelical.
Esses filhotes tinham  que mamar de 2 em 2 horas.e para mante-los vivos contei sempre com a ajuda de meus filhos.
Nessa época os animais não tinham direitos só a obrigação de amar e servir aos seus donos,enquanto fosse conveniente a eles!!!!!!!!!!!!!!!!!!

22 de jun. de 2012

Minha irmã de coração

Sempre que o telefone toca de manhã,ao atender posso ouvir a voz de dona Lourdes,procurando saber como estou e se preciso de ajuda ou então ouço a voz suave de minha amada Maria Clarice!
Ontem não foi diferente,ao atender o telefone ouço Clarice dizendo" Estou o morrendo de saudades!
Como é bom saber que aquela amizade nascida em 1952,cresceu,enfrentou a separação sem nunca diminuir!
Maria Clarice que se auto classifica como negra, não achando certo se falar afro-descendente,diz ela que então eu não deveria ser chamada de branca mas sim euro descendente
Normalmente ficamos conversando por um bom tempo!Enquanto falamos vai passando pela minha mente imagem de duas meninas que corriam pela cidade aprontando todas!
Nunca vimos que nossa cor era diferente,para nós eramos iguais em tudo, para nós o mais importante era a nossa cumpricidade ,nossa alegria que via em tudo uma razão para  rir e brincar.
Nossa relação é tão grande, que sempre que uma está triste a outra precinte e liga.
Eu nasci em dezembro e ela em maio por isso faz questão de afirmar que sou mais velha que ela.oque nos faz dar boas risadas!
Outro dia ela me ligou apavorada.Como havia tirado uma árvore que ficava ao lado da janela de seu quarto,este ficara mais claro e ela pode ver melhor sua imagem refletida no espelho e se assustou .
Não se conformou com as marcas que o tempo havia deixado em seu rosto,seus cabelos brancos,seus traços deformados pela gordura!
Então disse a ela que não era importante a imagem que ela via mais sim a pessoa que ela sentia ser!
Eu tenho 67 anos,como ela, mas trago o coração cheio de sonhos,anseios de realizações que fazem inveja a uma menina de 15 anos,e creio que ela também se sente assim por isso que se apavora vendo o rosto de uma velha!!!!!!!!!!!!

19 de jun. de 2012

O apego

Nós,humanos somos egoísta principalmente quando se trata dos seres que amamos.Queremos te-los sempre ao nosso lado,mesmo que velhos,doentes e incapazes.
Quando um ser que amamos parte para nova vida nossa tristeza é imensa.A mãe chora a ausência do que se casou!
Entramos em depressão quando aquele parente que tanto amamos parte para além vida.A presença física do ser amado ,que partiu,faz uma falta imensa!
Imagine,então uma pessoa só,cujo único companheiro parte!Domingo recebi a notícia que o cãozinho,único companheiro de minha tia,havia partido para além vida!
Esse cãozinho era de meu tio, seu marido, que faleceu a mais de 5 anos.Ele tinha mais de 13 anos e vinha sofrendo de câncer.Aguentou as sessões de quimioterapia,mas não a infecção causada pelo carrapato.
Ele era a razão de minha tia sair passear todos os dias até a praça.
Foi o amor desse cãozinho,bem velhinho que ajudou minha tia a superar  a partida de meu tio,ele com suas graças,latidinhos,lambidas trouxe de novo a vontade de minha tia viver.E agora quem irá anima-la?
Sua dor deve ser imensa Antes ela vivia no sítio com suas galinhas,sua horta,seu pomar e seu cãozinho correndo por tudo,sempre ao seu lado.
Com a partida de meu tio e a venda do sítio,pois ela não poderia morar só naquele lugar,ela comprou uma casa de frente a sua única filha,mas passou a morar sozinha com seu cão!
Somos de geração que detesta morar com os outros,gostamos de ter nosso cantinho,nossas coisas!
Hoje minha tia está de luto,chorando a morte de seu companheiro querido!

15 de jun. de 2012

Primeira festa junina da escola Pe Leopoldo

No primeiro ano de vida da Escola Pe Leopoldo,tendo em vista que a escola era nova,quase nada possuía.Eu lecionava na quarta série,tínhamos por diretora a Prof.Tereza,que como eu adorava a profissão e a ela se dedicava de corpo e alma  Eu já a conhecia pois tínhamos trabalhado como voluntárias na APAE com o Pe Leopoldo.
Em conversa levantamos a possibilidade de se fazer uma festa junina na escola,e em uma reunião decidimos fazer essa festa,que serviria para angariar fundos para a Associação de pais e mestres da escola.
Tudo decidido,aprovado pela DE passamos a trabalhar duro.
Nosso objetivo era mostrar a sociedade de Valinhos o nosso trabalho tanto cultural como educacional.
Enquanto eu não estava em horário de aula,contando com ajuda da dona Lourdes.que era muito conhecida na cidade,eu andava os quatros cantos de Valinhos angariando prendas ,no comércio local.
Os pais colaboraram oferecendo pratos de doces e salgados.Ganhamos tanto que deu para fazer um bingo e ainda vender numa feirinha na rua em frente a escola.
Cada classe organizou uma atividade para apresentar aos pais,eu além da quadrilha, cantei o bingo.
A escola foi toda enfeitada pelos alunos,sem prejuízo das aulas.Todos trabalharam com muito amor e no dia tudo estava perfeito.
No pátio havia barracas para venda de lanches,pipoca,quentão ,vinho quente.maçã do amor.
A feira de frente a escola durou muito pouco,pois vendíamos mini cestas básicas por um preço irrisório.Afinal de contas tudo era ganho mesmo!
O bingo foi um sucesso!Tínhamos até leitoa assada como prêmio!
A final de contas a escola pode mostrar a comunidade que sabia fazer um trabalho sério e que havia nascido para servir a comunidade,pena que algumas autoridades não perceberam isso e a jogaram para qualquer lugar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

14 de jun. de 2012

A esperteza de dona Nega

Minha mãe chama-se Regina,mas como foi criada junto com os colonos,começou ser chamada de "NEGA',pois era a mais morena de todos,apesar de seus lindos olhos azuis como o céu!
Esse apelido pegou tanto, que ela por várias vezes demonstrou que havia se esquecido do seu real nome.
Uma dessas vezes uma senhora se aproximou do portão de casa e chamou  "Dona Regina,um minuto por favor,preciso falar com a senhora,"mamãe continuou o que estava fazendo,como se não fosse com ela.Foi necessário  chamá-la para atender a senhora e ela pediu desculpas alegando que a muito tempo ninguém a chamava de Regina.
Essa mesma mulher que esquecia seu nome ,aprendeu a vida toda.
Criada ao lado de  descendente de escravos,aprendeu com eles sua comida,suas tradições,usos e costumes.
Com os imigrantes de outro países foi a mesma coisa.Mamãe fazia umas comidas árabe deliciosas.
Foi com os  negros que ela aprendeu a fazer farinha  de milho,de mandioca,araruta ,fécula de batata doce,biju!
Tenho nítida na memória a imagem de minha mãe ,mexendo no forno (uma chapa de ferro com fogo  embaixo)na casa do monjolo,a pasta de milho ou mandioca para fazer a farinha.
Papai ,que era muito criativo,fez umas pás como se fossem rodos de puxar água,de lata e era com elas que mamãe ficava mexendo para que a secagem fosse por igual!
Até eu ganhei uma uma pazinha para brincar de ajudar minha mãe!O mais importante é que nunca ouvi minha mãe dizer que algo era perigoso!
Nessa mesma casa do monjolo ficava pendurado, para secar ,a fécula e a maisena!Eram sacos branquinhos como a neve!
Que bom que eu tenho tanto a lembrar,pois assim torno eternos os objetos e pessoas que tanto marcaram  minha vida!!!!!!!!!!!!

13 de jun. de 2012

Meu neto Augusto

Na época eu morava 300 km distante de meus filhos,mas acompanhei a espera do meu quarto neto como se perto estivesse.Para o amor não há distâncias!Meu filho me mantinha  a par dos  exames que a mamãe de primeira viagem fazia.Quando soubemos do sexo os pais saíram a cata do nome do novo herdeiro.
Bem antes do nascimento o nome Augusto já havia sido escolhido!
Foi no dia 11 de junho,que meu neto veio ao mundo,através de uma cesária.
Tão logo a mãe e o bebe estavam fortes ,foram me visitar.Quando o conheci,logo percebi que era uma criança muito especial Por um bom tempo ele só me conheceu pelo telefone, eu era a vó do telefone.
Vindo para Valinhos pude estar mais perto dessa criança esperta,emotiva e com muito amor para dar!
No último dia 9 tivemos a comemoração de mais um aniversário seu.
Foi tudo muito bom ,as duas famílias estiveram unidas.
Tive a oportunidade de estar com todos meus netos,e meus filhos ao meu lado.
Meus netos são todos ótimas pessoas,cada um com sua maneira de ser.
Nessa noite todos felizes comemoramos mais um aniversário do querido por todos,o Augusto. .Seus irmão brincaram como crianças no boliche e no basquete, contando com a companhia do único primo,o Gabriel!
Até os pais se puseram a jogar!
Pude estar com amigos,como a família da mãe do Augusto,pessoas boníssimas que nunca mediram esforços para me ajudar sempre que precisei!!!!!!!!

12 de jun. de 2012

Fatalidade e livre arbítrio

Desde que me conheço por gente ouço da minha mãe e da vovó Bárbara oque hoje quero dividir com vocês!
Diziam elas que antes de voltarmos a terra,nossa alma,roga a concessão da luta para o trabalho de nosso próprio reajustamento.
Imploramos pela reaproximação de antigos desafetos
Pedimos  em prece o retorno ao círculo de obstáculos que nos levaram à  derrota em vidas mal vividas.
Suplicamos a presença de pessoas com as quais cultivamos o ódio,para tentar acultura santificante do amor eterno.
Imploramos de novo o cálice das provas em que fracassamos esperando exercitar a fé, resignação,,a paciencia e o valor.
Tendo amigos como nosso avalista de nossas promessas,conseguimos a benção da volta.
Nós somos herdeiros do nosso passado e é com base nisso que programamos  os nossos próprios destinos!
O egoismo e a vaidade  podem nos tirar do que programamos para nossas vidas e, passamos a ver  o sofrimento e o trabalho como  castigos a nós impostos, sendo que só eles podem nos ajudar a evoluir!
Portanto a fatalidade e o livre arbítrio andam juntos na nossa vida na terra!
Essa foi a maneira que elas encontraram de me ensinar que eu nasci para amar ,e que todos deveriam ser amados e respeitados,até os inimigos!!!!!!!

10 de jun. de 2012

O fim das escolas rurais e o êxodo rural

Aos poucos os donos de fazenda,com a grande industrialização,vendo a desvalorização de suas produções,o surgimento das Agro industrias,abandonaram suas fazendas, vendendo ou arrendando para as industrias .
No geral mudaram para a cidade a qual pertencia sua fazenda.Seus empregados sem escola para seus filhos não tiveram outra saída do que mudarem para a cidade,vivendo no ,geral de bicos pois só sabiam trabalhar na terra.
Onde antes havia fazenda produtiva,hoje encontramos fábricas que transformam os produtos plantados.
Um bom exemplo é o local onde a Família Pavan de Cerqueira César  cultivava a terra plantando inclusive cana de açúcar , com a qual faziam a aguardente "Garota",hoje há uma usina de açúcar que produz álcool combustível e açúcar.
As cidades foram inchando,sem condições de atender a todos.
A vontade de estar em uma industria,registrado,podendo trabalhar menos trouxe para todos os agricultores   o desejo de morar na cidade,mesmo que em condições de estrema pobreza.
Com a a morte das escolas rurais,sepultou-se a vontade do brasileiro permanecer na terra.
Mesmo o grupo dos 'sem terra' não tem interesse em trabalhar na terra ,visto que no acampamento de Iaras ,pude observar que a maioria dos componentes estavam só pensando no dinheiro  da venda dos lotes.Posso afirmar isso pois fui convidada para construir uma barraca para marcar espaço e ter direito a um pedaço de terra,que logo que se conseguisse eles mesmos arrumavam compradores.Não precisava morar lá pois tinham um grupo que faziam isso,por dinheiro.
Infelizmente os descendentes dos imigrantes que aqui chegaram por amar a terra,hoje  estão mais preocupados em ser urbanos,esquecendo suas origens.
Em Portugal hoje, está se dando o êxodo urbano,os  jovens ao se formarem voltam para a terra,cultivando a terra que receberam por herança,usando os novos conhecimentos.
Será que um dia isso acontecerá no nosso Brasil?????????????

8 de jun. de 2012

Professor rural

Por muito tempo o professor das escolas rurais era o elo de união entre as comodidades da zona urbana e as grandezas da zona rural.Cabia ao professor trazer para a zona rural as novidades,o progresso que chegava rápido nas cidades .Qualquer problema que surgisse,o professor era chamado para opinar,ou seja a figura do professor era muito valorizada.
Quando Jânio Quadros era governador do Estado de São Paulo costumava dar" fraga "nos funcionários públicos. Certa feita decidiu verificar como funcionava uma escola rural.Escolheu como vítima a cidade de Avaré,que possuía várias escolas rurais.No cantinho mais escondido do Município,ficava a escola onde a professora Brasília,minha amiga,tentava fazer um bom trabalho.Filha de imigrantes italianos,de poucas posse,havia estudado com dificuldades ,fazia de sua escola uma extensão da comunidade.
Como seus pais eram agricultores,ela sabia com ninguém valorizar o cultivo da terra.
Havia montado na escola ,com a ajuda e orientação de um pai ,uma horta.Todos os dias após o recreio iam para a horta pelo menos por volta de meia hora.
Estavam todos,inclusive o pai orientador,cuidando das plantinhas,quando carros pararam na frente da  escola e de um dos carros desce Jânio Quadros, o governador do Estado.
Brasília tremeu mais que vara verde.Se dirigiram para a horta, e vendo animação dos alunos,entrou na dança plantando alguns pés de alface,e depois com a entrada dos alunos na sala,verificou cadernos,documentos da escola,fez perguntas para os alunos.
Ao se retirar pediu o livro de registro da escola.Sentou em uma cadeira humilde e se pôs a escrever.
Fechando o livro saiu como havia chegado!
Terminada a aula, Brasília, pegou a folha para copiar o que o governador havia deixado registrado,a fim dia enviar para a Delegacia de ensino,como era praxe!Ao ler ,antes de copiar,ela tomou um susto,pois ele havia escrito:Professor Rural deveria ser uma profissão diferenciada e receber salários maiores pois num país rural ele é a base do progresso da nação!
Em seguida fazia elogios a tudo que vira!
Eu que amo a terra tive a honra ,ao ler o que o governador escreveu,de ter nascido no Estado de São Paulo e de ter tido como governador um homem de visão! O Brasil só era um grande país quando seus filhos reconhecerem que nosso futuro está na nossa imensidão de terra!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

7 de jun. de 2012

A escola rural

Eu sou professora  do tempo em que cada fazenda tinha uma escola para suas crianças.
A professora tinha uma casa ao lado da escola e recebia todo o apoio do dono da fazenda.Em uma sala ela tinha as 4 séries do primário(esse era o nome na época)
No geral havia duas lousas na sala de aula e a professora dividia cada uma em 2 partes,uma para cada série.
As vezes se tinha 2 alunos em uma série,mas a professora tinha sempre a mesma animação e vontade de ensinar.
No geral vários fazendeiros se reuniam para manter a escola que passava a atender a várias fazendas,somente a professora era paga pelo estado,ao fazendeiro cabia a responsabilidade de fornecer uma casa perto da escola, ou se ficasse próximo a um povoado condições de moradia e transporte para a professora.
Muitas cidades nasceram devido a escola rural,a mais importante de todas foi a cidade de São Paulo ,que surgiu ao redor do Colégio Jesuíta.
A professora era considerada uma grande autoridade na comunidade rural,ela era conselheira,amiga,enfermeira fazendo os primeiros socorros,transmissora de orientações de saúde,de moral e civismo.
A escola rural era palco de civismo nas comemorações  das datas cívicas e no o Hasteamento semanal das bandeiras  do Estado e do país.
No dia marcado para o hasteamento ,o proprietário ou um representante seu se fazia presente.
Naquela época se tinha orgulho em ser brasileiro e no momento em que a bandeira do Brasil subia no mastro ao som do Hino Nacional,os olhinhos das crianças se enchiam de lágrimas e seu peito se enchia de orgulho  e amor pela terra.
Apesar de ter um cunho rural,deveria cumprir um conteúdo que era igual a todas as escolas.A avaliação final não era feita pela professora,mas sim por uma banca examinadora enviada pela Delegacia de Ensino!
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6 de jun. de 2012

Os animais, diferentes, do Andre Luiz

Enquanto o Ulisses se apegava aos gatos e cachorros que eu resgatava das ruas o André Luiz ,,meu filho mais novo, criava sapos,ratos de laboratório (Cobaias).
Meus filhos foram criados em contacto com a natureza e tudo que há nela,inclusive os animais,rochas ,etc.
Para nós tirar um sapo que estava incomodando e devolve-lo para o seu habitat era rotina.Certa vez apareceu em casa um sapo grande,bonito e o André Luiz gostou tanto dele que quis conservá-lo em casa.
Nessa época ele já tinha também porquinhos da índia e ramster que viviam dentro de casa na gaiolinha deles. Era coisa mais linda os bichinhos brincando todo o tempo de girar na rodinhas deles.
Ele cuidava com muito carinho de todos seus bichos,dando toda a assistência necessária.O sapo vivia debaixo da mangueira,em um local que André Luiz  tinha feito especialmente para ele.Os porquinhos da índia viviam na frente da casa onde não havia cães .
Havia ainda os gatos,que eles gostavam muito.
A sua última grande paixão foram os coelhos.Ele ganhou um da raça califórnia e assim começou sua criação.Não criava para comer e assim em pouco tempo ,havia tanto coelho em casa que precisamos levar para um amigo, em uma chácara!!!!!!!!!

4 de jun. de 2012

A saga dos Meladinhos

No último dia 2 os meus Meladinhos completaram 8 meses de vida!Hoje não podemos chamá-los de Meladinhos,pois estão o dobro do tamanho dos pais.
O tamanho dos meus bebes assusta quem os viu pequeninos.Estão fazendo a última troca de dente e de pelo.
Meus amores estão entrando na adolescencia canina.O Zézinho  está até tentando levantar a perninha para fazer xixi.
O Paulinho acha que é o líder do grupo,tem brigado com todos.
O Chiquinho esta com os pelos da orelha todo frisado.Ele é o único que tem os traços da vovó Mel, apesar de  não ter a cor; é o único que tem a cor da mãe.
O Zézinho está muito bonito e todo musculoso.
O Manelzinho tem o corpo todo cheio de músculos.Ele é o único que ainda traz sinais da doença que eles tiveram.
A alguns dias atrás eu lavei muita roupa,os varas ficaram todos cheio.Sabem o que o Paulinho e o Zezinho fizeram?Tiraram toda a roupa do varal, a medida em que iam secando e levaram todas para a casa deles.Hoje se queremos secar roupa precisamos colocar em lugar bem alto e que não de espaço para o Paulinho vir correndo e pular.
A pesar da bagunça que eles fazem no quintal esparramando seus brinquedos,das traquinagens que aprontam, eu não saberia viver sem eles,sem o ruido das lutinhas,os latidos para os vizinhos quando começam a olhar para o quintal,as corridas para pegar um gato que teima em vir no quintal.
De manhã quando chego para limpar a casa deles sou recebida por eles com alegria no olhar e um amor incondicional .
Se eu demoro para ir ao quintal eles se reúnem no portão me chamando.
Até o velho Scob entra na brincadeira,na hora em que estou no quintal.Eles correm ao redor da mesa,um atras do outro como criança brincando de pega.Eu não vejo a hora de estar andando para melhor brincar com eles!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


3 de jun. de 2012

O Mestre Yang

Naquele dia não tivemos sossego  procurando pelo Yang em todos os lugares possíveis.Como era feriado,achamos que ele houvesse seguido alguém conhecido até o sítio.
O Ulisses mal se alimentou ,só pensando no cachorro ,mas acreditando que ele voltaria se acalmou.
Qualquer latido ele saia correndo achando que era o Yang voltando.
O único lugar que não pudemos procurar foi na serraria que ficava do lado de minha casa,pois estava fechada devido o feriado.
No outro dia logo cedo o dono da serraria me chamou na cerca,escondido do Ulisses e me avisou que ao chegarem encontraram o cachorro morto, com todos os sinais de envenenamento,no quintal da serraria.
Eu então disse que iria com o Ulisses até o lugar onde ele estava,mas que não queria que ele soubesse do envenenamento,pois não queria que meu filho desenvolvesse o ódio.
Entrei e contei ao Ulisses que o Yang havia partido para o céu dos cachorros,mas como ele o amava muito preferiu deixar seu corpo longe.
O reencontro do o Ulisses com o corpo inerte do Yang foi emocionante.Ele o pôs no colo e chorou muito abraçado ao seu pescoço.Todos ali acharam um absurdo eu ter permitido que meu filho visse o seu cachorro morto e eu então explique que um dia isso aconteceu comigo quando eu tinha um pouco mais de três anos.
Meu irmão morreu e não permitiram que eu o visse morto,por muito tempo,enquanto minha família vivia o luto da perda eu esperava meu irmão voltar.Quando ,tempos depois ,decidiram me contar ,minha dor foi muito maior.
Com a ajuda do dono da serraria de  seus empregados demos ao Yang,um enterro digno,explicando ao Ulisses que o enterro era do corpo do Yang,pois ele viveria eternamente em nossos corações e em nossa lembrança.Por muito tempo se falou no Yang em minha casa,mas nenhum outro foi adotado em seu lugar.
Esse Yang foi realmente um grande mestre para meu filho,quando chegou foi seu primeiro amigo,iniciando sua socialização,em vida desenvolveu sentimentos de amor aos outros,o respeito e a responsabilida
Para mim Yang foi uma ferramenta de ensino que a faculdade da vida ofereceu ao meu filho!
Quando eu pude tomar novamente as rédeas da minha vida,ao ingressar em Apiaí,voltei a socorrer animais abandonados e Ulisses teve outros cachorros que ele amou muito como a Satânica,o Mico, a Sata,o Bambino.........................

1 de jun. de 2012

O cãozinho Yang

Meu filho Ulisses ensaiava sua vidinha na terra ,brincando só pois não havia crianças da sua idade nas redondezas até certo  dia, meu pai apareceu trazendo nos braços um lindo filhotinho de cachorro.
Ulisses que acabara de descobrir que podia andar ,desajeitado, vai de encontro do avô que tanto amava ,mas não para abraça-lo,como sempre fazia mas para agarrar o filhotinho de dois meses
Foi  amor a primeira lambida.Mal se mantendo em pé ele segura com carinho o novo amigo.
Papai foi embora contente por ter dado alegria ao neto.Faltava agora dar um nome ao cachorrinho.
Meu filho sempre,desde a tenra idade, foi apaixonado por televisão.Naquela época passava uma série norte americana com dois atores um branco e outro negro.O ator negro chama-se Otis Yang´.
Foi na hora que o seriado começou ,quando se falou o nome de Otis Yang que ele gritou É YANG!
O cachorrinho acabava de ser batizado!
Yang ,assim com o Ulisses ,cresceu rapidamente!A relação de amor entre os dois era muito grande
Os dois estavam sempre juntos,brincando,correndo.Quando o Ulisses ia tomar banho ele sentava dentro do banheiro esperando seu amigo.
Para mim foi uma boa ajuda pois Yang não permitia que o Ulisses saísse para a calçada e muito menos que pessoas estranhas se aproximasse do portão.Ele defendia seu amigo avançando em que se aproximasse.
De fronte a nossa casa havia um depósito da prefeitura e um dos funcionários começou a implicar com o Yang e certo dia ouvi ele ameaçando mata-lo.
Yang estava conosco a um bom tempo era grande.forte.manso e muito amoroso!Conquistava a todos com seu olhar cheio de amor.
Certo dia ,ao levantar o Ulisses saiu correndo para brincar com seu amigo,chamou,chamou e ele não veio.
Desesperado ele vem chorando para dentro.Procuramos Yang por todos os lugares e nada de o encontrar!!!!!
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