20 de fev. de 2013

Política

Fui criada convivendo com políticos de renome,pois papai era filiado em um partido político. Naquela época entrava-se em um partido por idealismo.
Para ser filiado a um partido era algo muito difícil,pois não se trocava de partido conforme a conveniencia.
Havia os diretórios  municipais,estaduais e federais que teriam de aprovar a inscrição.
Nessa época se votava no partido e não nas pessoas.O partido tinha seus ideais e cada candidato o seguia a risca.
O mais engraçado era que os políticos só eram inimigos  no palanque,fora do assédio popular eram amigos ou colegas.
Por várias vezes mamãe preparou jantares para políticos do partido do papai e lá estiveram pessoas de outro partido.
Eu achava esquisito o amor que as pessoas tinham pelo seu partido,levando ao extremo.
Lembro que quando o candidato ganhava, mandava carta de agradecimento a todos os filiados!
A prendi muito com esses políticos que conheci.
Com Jânio Quadros aprendi que para agradar nós precisamos ser nós mesmos sem máscaras.
Com Carlos Lacerda aprendi a importância da cultura para uma pessoa, e que quem fala bem convence mais.
O Ademar de Barros aprendi a simplicidade!
Os políticos que conheci em nada lembram os atuais,, sem ideais querendo o poder como realização do seu ego,se juntando a pessoas que tanto ofenderam no passado ,só para ganhar eleição.


Hoje não temos partidos políticos, temos políticos que vendem até a alma pro Diabo pelo poder!

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