8 de mai. de 2013

O desespero

Foi brincando que o jovem Antonio Salim Curiate conseguiu fazer um exame completo de meus olhos.
Depois do exame feito ele me disse que eu precisaria vir muitas vezes ao seu consultório novo, para cuidar de meus olhos.
Quando papai chegou em casa e contou a todos o que eu tinha,minha avó Bárbara imediatamente disse que se eu tinha uma só possibilidade de contar enxergando,era nela que deveríamos nos apegar.
Nunca fui paparicada,ou tratada de maneira diferente de meus primos.
Eu sempre ouvi vovó dizer que eu tinha que ter fé.
Um dia cansada de ouvir ela falar perguntei o que era a fé.
Ela me disse que fé é o que move o galo a


cantar saudando o sol mesmo antes dele nascer.Ele canta porque sabe ,com certeza que  sol nascerá.
Ter fé é acreditar que algo acontecerá,mesmo sem ter acontecido.
O tempo passou e eu continuei a  fazendo  o controle da pressão da vista ,com meu amigo Antonio Salim Curiate!
Com o passar do tempo e meu crescimento passei a apresentar alguns problemas e todos rapidamente meu amigo resolveu.
Como eu sempre pintei ,e muitas vezes durante a  noite e para mim toda cor escura,durante a noite é preto e não distingo as cores claras,minha mãe colocava um pedaço de tecido da cor da tinta  e ao pegar o pano ,pela textura eu sabia a cor da tinta.
Quando tirei carteira de motorista  decorei o lugar das cores no semáforo,pois em tempo escuro não reconheço as cores,são todas iguais.
Não dirijo a noite ,a menos que vou em lugares muito bem iluminados.Numa estrada eu só enxergo o asfalto as laterais para mim são só uma imensa massa negra!
A prendi a viver com minhas limitações,mas minha fé  me manteve enxergando:pude ver o rostos de meus filhos e até dos meus netos e a carinha de cada animal que salvei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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