7 de mai. de 2013

A glaucoma

O ano era 1948,eu estava com quase 4 anos e vinha apresentando um problema de equilíbrio, cai muito.
Meu pai ,a conselho do dr Paulo havia me levado a um oculista,mas eu sentei na cadeira,fechei a boca e não falei nada e nem deixei o médico ver meus olhos.
Nessa mesma semana papai foi fazer entregas em Avaré,na fazenda alem de se plantar,fazia-se vários tipos de queijos e muitos doces,e eu fui junto.
Depois das entregas efetuadas,papai costumava passar o Largo São João para conversar com os amigos e eu brincar. Nesse dia,logo que chegamos um amigo do papai,o Salim Curiate,veio feliz contar que seu filho, já formado oculista ,estava montando um consultório ali por perto e convidou o papai para ir ver.
Pensando em meu problema ,mais que depressa ele aceitou o convite.
Na sala havia vários aparelhos sendo montados e quando nós entramos o Antonio ,que eu conhecia muito bem ,correu nos receber e foi me mostrando tudo .
Eu mexia em tudo,acendia e apagava as luzes e meu amigo ria das minhas traquinagens, foi quando ele me ofereceu um sorvete e fui com uma senhora buscar.
Enquanto eu sai meu pai explicou o que me estava acontecendo e quando eu voltei o Antonio me convidou para ver outro lugar e eu feliz o acompanhei.Era o consultório de um amigo dele e brincando ele me examinou,sem que eu soubesse que era exame,para mim era uma brincadeira.
O Antonio Salim Curiate era um jovem muito bonito,educado que sempre nos visitava no sítio,daí minha intimidade com ele.
O que não foi divertido foi o resultado dos exames eu era portadora de glaucoma congênita,sem possibilidade de cura e com possibilidades de vir a ser cega!!!!!!
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