12 de jun. de 2013

Uma roceira na cidade

Lembro-me como se fosse hoje,a nossa saída do sítio para vir morar na cidade de Cerqueira César!
Eu não tinha noção de o quanto minha vida mudaria!
Na roça eu me vestia quase sempre com as calças do Tiçãozinho e, logo no primeiro dia vovó me deu uma roupa para vestir,dizendo que na cidade não podia andar em trapos!
Meu cabelo tinha que estar bem penteado,estar sempre de sapatos,enquanto que na roça eu corria descalça  pelos gramados!
As crianças da vizinhança, só falavam o português,que eu entendi,mas não falava!
Nada  sabiam sobre coisas da roça e só riam de  minha maneira de falar!Tinham medo de todos os bichos.
No dia em que peguei um sapo ,eles saíram correndo de medo!
Tudo era diferente, as crianças não eram tão felizes como na roça!
Pareciam engomadinhos,em qualquer brincadeira tomava sempre cuidado para não se sujar!A brincadeira era sem graça e pouca diversão!
Não punham a mão na terra, pois acreditavam transmitir doenças,quando eu brincava com a terra eles ficavam distantes,e me chamavam de caipira!
Como para mim ser caipira era uma maneira de se dizer que eu vinha da roça,e isso para mim era motivo de orgulho,nem ligava para o que eles diziam.
A cidade só começou a ser interessante para mim quando fui para a escola e ,lá conheci outra roceira,que adorava a natureza e os bichos.
Só me interessei pela cidade quando passei a ser amiga da minha irmã de coração, a Maria Clarice Francisco!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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