
Esse apelido pegou tanto, que ela por várias vezes demonstrou que havia se esquecido do seu real nome.

Essa mesma mulher que esquecia seu nome ,aprendeu a vida toda.
Criada ao lado de descendente de escravos,aprendeu com eles sua comida,suas tradições,usos e costumes.
Com os imigrantes de outro países foi a mesma coisa.Mamãe fazia umas comidas árabe deliciosas.
Foi com os negros que ela aprendeu a fazer farinha de milho,de mandioca,araruta ,fécula de batata doce,biju!
Tenho nítida na memória a imagem de minha mãe ,mexendo no forno (uma chapa de ferro com fogo embaixo)na casa do monjolo,a pasta de milho ou mandioca para fazer a farinha.
Papai ,que era muito criativo,fez umas pás como se fossem rodos de puxar água,de lata e era com elas que mamãe ficava mexendo para que a secagem fosse por igual!

Nessa mesma casa do monjolo ficava pendurado, para secar ,a fécula e a maisena!Eram sacos branquinhos como a neve!
Que bom que eu tenho tanto a lembrar,pois assim torno eternos os objetos e pessoas que tanto marcaram minha vida!!!!!!!!!!!!
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