Não havia nada na "casa".Antes de partir eu havia feito uma faxina,portanto estava relativamente limpo, forramos o piso com papelão e por cima colocamos cobertas para ficar macio.Assim passamos a nossa primeira noite em Valinhos.


As 11:30h chega a nossa mansão uma comida gostosa e quentinha.No jantar foi a mesma coisa.Essa mordomia durou 3 dias.No quarto dia chego da escola e não havia comida,vou até a casa dela e qual não
é minha surpresa ao verificar que eles haviam viajado, e nossa compra ficara trancada na casa.Aproveitei
esse acontecimento para explicar que nunca deveriam acreditar em estranhos.Pegamos o carro para ir almoçar no posto que era perto.
Como havia chovido muito foi impossível passar.Voltamos para casa e usando dois tijolos montei um fogão
e improvisei um almoço com o que tínhamos. Usando a experiteira preparei o lanche da tarde.
Fiquei o dia todo torcendo para que o sol aparecesse e pudéssemos ir jantar. O sol teimou em não aparecer.
A minha casa era a terceira na rua e as outras duas estavam ocupadas por trabalhadores rurais,de pouca
posse, principalmente a do lado da nossa casa onde o pai era barbudo e tinha um monte de filhos, de todas
as idades.
A noite chega e eu penso em como alimentar meus filhos.Alguém bate na porta do fundo e para nossa surpresa eis que o barbudo sua mulher e um filho adentram minha casa, cada um com um belo prato de comida.O pai me entrega o prato dizendo:Professora nos somos pobres mas não incensiveis, vocês precisam comer.Comam sossegados ela é bem limpinha! Eu que sempre tinha uma palavra pronta
me pus a chorar e agradecer.Mais uma vez a vida me deu uma lição: nunca mais me deixei levar
pelas aparências.
O sol apareceu e a vida seguiu seu curso até que minha mudança chegou!E essa família se tornou nossos grandes amigos!
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